Justiça Defesa pede soltura de acusado de mandar matar colunista Marcolino Júnior Pedido de soltura foi feito na tarde desta segunda durante a primeira audiência de instrução do caso

Publicado em: 29/08/2016 20:58 Atualizado em: 29/08/2016 21:01

A primeira audiência de instrução dos dois homens acusados de matar o jornalista Antônio Marcolino de Barros Filho, de 46 anos, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, aconteceu nesta segunda-feira. Os denunciados foram Rafael Leite da Silva e Davi Fernando Ferreira Graciano. A sessão aconteceu nesta tarde, na Vara do Tribunal do Júri de Caruaru. Os dois acusados foram interrogados durante a audiência. A defesa de Davi Fernando, tido como mandante, requereu a revogação da prisão preventiva.

O pedido será analisado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), em parecer, e, depois, decidido pelo juiz Hildemar Macedo de Morais. Ele era o assessor pessoal do colunista e foi preso no dia em que o corpo foi localizado, junto com Rafael Leite da Silva, flagrado tentando vender o veículo da vítima.

De acordo com a polícia, o assessor planejou a morte do jornalista para roubar o carro. Em depoimento, ele contou à polícia que recebia pouco pelo trabalho, cerca de R$ 200 por semana. “Ele não se achava reconhecido no trabalho, foi o que alegou no depoimento, mas o crime foi cometido por causa do patrimônio da vítima”, explicou o delegado Márcio Cruz. Ainda de acordo com a polícia, Rafael confessou ter recebido R$ 1 mil para se desfazer do carro. Os dois estão presos na penitenciária de Caruaru.

Além dos acusados, a audiência também ouviu sete testemunhas da acusação e uma de defesa. Duas testemunhas de defesa, moradoras dos municípios de Santa Cruz do Capibaribe e São Caetano, terão seus depoimentos colhidos por meio de cartas precatórias. Só após a devolução das cartas, o juiz abre prazo para a entrega das alegações finais do MPPE e das defesas dos acusados. Em seguida, o magistrado irá prolatar decisão circunscrita à admissibilidade, em que define se os acusados irão ou não à Júri Popular.

Relembre o caso
Marcolino Júnior estava desaparecido desde o dia 16 de abril. Após almoçar com a mãe, o colunista social havia deixado de responder aos amigos e à família e não compareceu a um casamento no qual trabalharia. No domingo, a família registrou um Boletim de Ocorrência do desaparecimento. O jornalista e colunista social Marcolino Júnior, tinha uma carreira de mais de 20 anos. Ele trabalhava na TV Asa Branca e assinava a coluna social do Jornal Vanguarda. O corpo foi encontrado, já em decomposição no dia 18 em um terreno baldio em Insurreição, Zona Rural de Sairé.

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