Julgamento Próxima audiência ouvirá testemunha de acusação do caso Maria Alice Testemunha ouvida hoje se declarou amigo íntimo da família e passou a ser considerado informante

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 27/05/2016 11:27 Atualizado em: 27/05/2016 11:51

Maria Alice Seabra, de 19 anos, foi assassinada pelo padrasto no dia 19 de junho do ano passado. Foto: Reprodução/ Facebook
Maria Alice Seabra, de 19 anos, foi assassinada pelo padrasto no dia 19 de junho do ano passado. Foto: Reprodução/ Facebook
Será realizada no dia oito de junho, no Fórum do Recife, a quinta audiência de instrução e julgamento do caso Maria Alice Seabra. A jovem, de 19 anos, foi assassinada pelo padrasto no dia 19 de junho do ano passado. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou à Justiça Gildo da Silva Xavier, de 34 anos, que confessou ter assassinado a enteada


Nesta sexta-feira foi ouvida uma testemunha de defesa do réu. Roberto Gonçalves, no entanto, alegou ser amigo íntimo da família e, por isso, passou a ser considerado apenas informante. A ouvida durou cerca de 10 minutos, encerrando a audiência na 1ª Vara Criminal do Fórum de Paulista. De acordo com o advogado do acusado, ele se deteve a falar sobre o comportamento do seu cliente.

Na próxima audiência será ouvida a quinta testemunha de acusação: o ex-patrão de Gildo, que não teve o nome revelado. Entre as demais testemunhas que acusam o padrato da garota está a mãe da vítima, a dona de casa Maria José de Arruda, com quem ele foi casado e teve uma filha.

Já foram realizadas até o momento quatro audiências. Na primeira, em Itapissuma, foram ouvidos o réu e as quatro testemunhas de acusação (dois colegas de trabalho, o amigo e o dono da locadora onde o acusado alugou e colocou película no carro usado para raptar Alice). Na segunda, na mesma cidade, foram ouvidas três testemunhas de defesa. Também foram realizadas uma audiência em Itapssuma, uma em Gravatá, uma em Paudalho e uma, hoje, em Paulista.


Após encerrada toda a instrução, o juiz decidirá se Gildo irá ao Tribual do Júri. Se condenado, ele pode pegar até 48 anos de detenção. O pedreiro foi denunciado por homicídio quadruplamente qualificado (motivo torpe, tortura ou outro meio cruel, emprego de asfixia, feminicídio, emboscada que impossibilitou defesa da vítima), sequestro com finalidade libidinosa, estupro com o agravante de ser padastro da vítima e ocultação de cadáver. 


O corpo de Maria Alice Seabra foi encontrado cinco dias depois do seu desaparecimento, no Engenho Burro Velho, em Itapissuma. À polícia, o assassino confesso disse que passou dois meses planejamento o crime, motivado pelo interesse sexual que nutria pela enteada há três anos.

 



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