Local Diario Urbano: Dez municípios do Sertão e Agreste abastecidas por carros-pipa

Por: Jailson da Paz

Publicado em: 25/05/2016 08:40 Atualizado em:

A estiagem no interior pernambucano pode ser vista por muitos ângulos. O mais agudo é o dos dez municípios do Sertão e do Agreste em que as fontes de abastecimento secaram, restando a opção carro-pipa para a água chegar a baldes e bacias. Nem pensar em água na torneira, o que é privilégio de quem pode comprar a carga completa do veículo. Privilégio de poucos em cidades como Águas Belas, Jupi, Poção e Pedra. Desse fantasma, a população de Caetés e de Capoeiras, no Agreste, brigam para fugir, mas o risco tem se tornado iminente, nas últimas semanas, com a retirada diária de cerca de dez carros-pipa da Barragem Gurjão. E nenhum registro de chuvas, fazendo cair a cada dia o nível da barragem, que atingiu cerca de 30% de sua capacidade em janeiro devido às trovoadas. A água captada pelos carros-pipa do Gurjão, segundo moradores, se destinam principalmente a empresas avícolas e não ao abastecimento humano. Esse, em épocas de seca, é a prioridade das prioridades. É bom que não fique no papel. Do contrário, em breve passará para 12 a quantidade de municípios totalmente dependentes de carros-pipa no estado.

Erva daninha
As jardineiras sobre a laje do Túnel da Abolição, na Madalena, estão mais para campo de ervas daninhas do que lugar destinado à grama e flores. Não existem sinais de que essas foram plantadas algum dia.

Colocou cimento
Algumas árvores da Avenida Antônio Curado, no Engenho do Meio, tendem a morrer de sede. O solo dos canteiros em torno das árvores foi totalmente substituído por cimento, dificultando a infiltração da água.

Terra batida
O canteiro central da Rua Paissandu, no Paissandu, nem é jardim nem é um bom passeio para os pedestres. Sem definição, o solo de terra batida vai sendo rebaixado, quando poderia unir jardim e passeio.

Sem funcionar
A chegada ao quinto andar do Hemope, nas Graças, entristece quem por acaso ou por teimosia tiver acesso ao pavimento. Existem macas, camas e outros móveis hospitalares entulhados no que seria uma enfermaria.

Riacho urbano
É fato consumado em Vitória de Santo Antão, na Mata Sul. Se chove forte, a exemplo de ontem de madrugada e pela manhã, a Avenida Mariana Amélia, a Rua dos Borges e a Estrada Nova se parecem corredeiras.

Toque de recolher
Um mês e meio após assaltantes explodirem a agência do Banco do Brasil, em Macaparana, na Mata Norte, vive sob uma espécie de toque de recolher. A população dorme cedo, temendo a repetição da história.

Não é comigo
Que a prefeitura se pronuncie. Diz a Compesa, em resposta à coluna, que o esgoto estourado da Rua Manoel Menelau, em Candeias, Jaboatão dos Guararapes, não pertence à rede administrada pela companhia.

Boa divulgação
Postes no Recife têm função além da distribuição de energia elétrica. Perto de estabelecimentos públicos, como esse a poucos metros do Mercado da Encruzilhada, eles são disputados pelos pregadores de lambe-lambe.

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