Prisão Apreendida arma que matou detento na Barreto Campelo Revólver calibre 38 foi usado pelo preso Lindor Wander Cezario para assassinar Pedro Miguel Correia

Publicado em: 10/02/2016 14:05 Atualizado em: 10/02/2016 14:28

Foi a terceira arma de fogo apreendida na Barreto Campelo só este ano. Foto: Seres/ Divulgação
Foi a terceira arma de fogo apreendida na Barreto Campelo só este ano. Foto: Seres/ Divulgação
A Secretaria Executiva de Ressocialização (SERES) apreendeu a arma utilizada para assassinar um detento na Penitenciária Professor Barreto Campelo (PPBC), em Itamaracá. De acordo com a pasta, com o revólver calibre 38 o preso Lindor Wander Cezario disparou contra Pedro Miguel Correia.


O crime aconteceu na noite desta terça-feira, em um dos pavilhões da unidade prisional. A apreensão do ocorreu após uma briga entre os dois detentos. O diretor e os agentes penitenciários da unidade identificaram o acusado e apreenderam a arma. A vítima foi encaminhada ao Hospital Miguel Arraes (HMA), onde morreu. Já o acusado foi levado à delegacia para providências legais cabíveis.  Foi a terceira arma de fogo apreendida na Barreto Campelo só este ano.

Pedro Miguel Cesário, conhecido como "Pedro do Rancho" foi morto com dois tiros nas costas e um na cabeça. Ele cumpria pena por homicídio após ser apontado pela polícia como um dos responsáveis por uma chacina que matou cinco pessas: três mulheres, uma adolescente e uma criança no bairro de Santo Aleixo, em Jaboatão dos Guararapes.

Na época com 28 anos, Pedro teria cometido os assassinatos ao lado de Paulo Lopes da Silva, com 23. Foram mortas Maria da Conceição de Moura 42, e das filhas Rogéria Maria da Silva, 18, Rosângela Ferreira Maria da Silva, 19, Bárbara Maria da Silva, 13, e Damiana Carla, de sete anos. Os crimes aconteceram no dia 10 de maio de 2003.

Segundo Roberto Geraldo, delegado do Núcleo Especializado na Apuração de Homicídios Múltiplos (Neham), Pedro foi preso cerca de oito horas após o crime com base em denúncias de testemunhas. Paulo foi detido dois dias. O alvo dos disparos seria um adolescente de 16 anos, filho de uma das vítimas, Maria da Conceição. Ele conseguiu escapar vivo porque ficou escondido embaixo da cama, de onde assistiu à matança sem ser visto pelos criminosos.

Na época, o delegado Roberto Geraldo explicou que Pedro trabalhava como araque de polícia e era justiceiro, comandando um grupo de extermínio em Jaboatão. Já o adolescente era acusado de praticar pequenos furtos e havia discutido com Pedro por um terreno, em frente à casa de Maria da Conceição. As mulheres e a menina foram mortas como queima de arquivo. "A Rosângela ainda pediu para não morrer, mas como ela já havia tomado partido do irmão na discussão do terreno, não foi poupada", contou o delegado.



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