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Justiça Mãe de Alice Seabra passa mal durante audiência no Fórum de Itapissuma

Publicado em: 16/11/2015 12:50 Atualizado em: 16/11/2015 15:21

Tumulto no Fórum de Itapissuma, Região Metropolitana do Recife, onde teve início na manhã desta segunda-feira a primeira audiência de instrução e julgamento do caso sobre o assassinato de Maria Alice Seabra, de 19 anos. A mãe da vítima, Maria José Arruda, não aguentou a pressão de ficar frente a frente com o ex-companheiro, assassino confesso, e desmaiou, precisando receber atendimento médico. O padrasto, o mestre de obras Gildo Xavier, é acusado de sequestrar, estuprar, matar e ocultar o cadáver da jovem. Na chegada ao fórum, Gildo foi hostilizado por populares que aguardavam no local.

A sessão é presidida pelo juiz José Romero Maciel de Aquino, que deve decidir ainda nesta segunda se o Gildo irá a júri popular. Durante a audiência de hoje estão sendo ouvidas as testemunhas de acusação, arroladas pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e as de defesa, indicadas pelo advogado do acusado, que confessou o crime e foi encaminhado ao Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima. Entre as testenunhas de acusação estão a mãe, o namorado e a irmã de Alice, que teria dado abrigo à jovem nas ocasiões onde a jovem chegou a sair de casa por conta das agressões do padrasto.

Crime - O crime aconteceu em 19 de junho, após um histórico de ciúmes e agressão. De acordo com o inquérito policial, o crime foi premeditado com cerca de dois meses de antecedência. Com a desculpa de que iria levá-la para uma entrevista de emprego, Gildo teria arrastado Maria Alice até um canavial em Itapissuma, onde ela foi estuprada e assassinada.

Maria Alice teria sido deixada no canavial cerca de uma hora e meia depois de uma ligação na qual pediu socorro à mãe. O cadáver estava a cerca de 20 metros de uma das estradas principais da plantação, com roupas do próprio Gildo. A mão esquerda, que pode ter sido cortada pelo suspeito, tinha uma tatuagem em hebraico, feita na véspera do crime, com o nome do pai  de Maria Alice, o que teria despertado fúria em Gildo. O corpo foi localizado com ajuda do suspeito, que chegou a chorar enquanto esteve no canavial, que fica a 50km da casa da família, no bairro da Estância.

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