Surto
Esforço nacional contra a microcefalia
Em reunião com Paulo Câmara, Dilma Rousseff disse que enviará ministros a Pernambuco e avisou que também viajará a estados afetados pela epidemia
Por: Larissa Rodrigues - Diario de Pernambuco
Publicado em: 27/11/2015 10:32 Atualizado em:
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| Governador de Pernambuco disse ter sentido empenho da chefe de Estado para ajudar no combate à epidemia. Foto: Humberto Pradera/Divulgação |
Apresidente Dilma Rousseff (PT) pretende visitar Pernambuco e outros estados nordestinos afetados pela epidemia de microcefalia, malformação congênita que impede o desenvolvimento do cérebro dos bebês e teve aumento inesperado dos casos em 2015. A decisão foi anunciada ontem, após uma reunião de quase duas horas no Palácio do Planalto, em Brasília, com o governador Paulo Câmara, sobre o plano de enfrentamento às doenças transmitidas por mosquitos.
Neste ano já foram contabilizados 739 casos de microcefalia em nove estados, dentre eles 487 em Pernambuco, que saiu na frente nas notificações. A hipótese mais provável é de que a microcefalia esteja sendo causada pelo zika vírus, transmitido pelo Aedes aegypti.
A presidente determinou ontem que os ministros da Saúde, Marcelo Castro, e da Integração Nacional, Gilberto Occhi, além do secretário de Defesa Civil, general Adriano Pereira Júnior, viajem para Pernambuco na segunda-feira. Eles participarão da reunião convocada pelo governador com os prefeitos, em Gravatá, no Agreste. A pauta do encontro é o plano de combate ao Aedes aegypti, que também transmite a dengue e a febre chikungunya.
Dilma recebeu Paulo Câmara na manhã de ontem. Ao fim do encontro, o governador disse ter sentido disposição da presidente em colaborar. “Eu senti, por parte da presidente, vontade de ajudar. É muito importante essa participação, porque nós vamos precisar fazer uma ação muito grande de combate ao mosquito”, comentou.
Segundo Câmara, Dilma se prontificou a visitar Pernambuco e outros locais onde vem ocorrendo o aumento dos casos de microcefalia porque o momento é de mobilização nacional. “É uma questão que está concentrada no Nordeste, mas pode chegar a outros estados rapidamente”, alertou o governador.
Aporte
De acordo com o governador de Pernambuco, não houve definição ainda de ajuda financeira do governo federal para Pernambuco ou outros estados afetados. Mas ele avaliou que a execução do Plano Estadual de Enfrentamento das Doenças Transmitidas pelo Aedes vai precisar de aporte de recursos públicos.
“Nós sabemos que uma ação como essa vai exigir pessoas, especialmente no trabalho de prevenção, visitando as casas, esclarecendo a população. Os municípios têm seus agentes comunitários de saúde, de controle endêmico. Temos que prontificar esse pessoal para atuar de agora e avaliar sua ampliação. Sempre que envolve pessoas, envolve recursos. Mas ainda não há nada definido”, destacou Câmara.
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