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Diario Urbano Cidades do Grande Recife sofrem com acúmulos de lixo

Publicado em: 17/11/2015 07:25 Atualizado em:

As cidades da Região Metropolitana do Recife, exceto em raros bairros e ruas, atestam a vitória do lixo. Por onde se andar, montes de resíduos ou plásticos voadores dão o ar da graça, inclusive nos pontos em que garis e margaridas varrem diversas vezes. A vitória da sujeira reproduz nesses casos, incluindo-se as avenidas Guararapes e Dantas Barreto, no Recife, o entendimento de parcela da população de que limpeza urbana cabe exclusivamente ao poder público. Daí, a compreensão de não ser responsabilidade dos transeuntes sequer depositar as embalagens de bombons e de sorvetes nas lixeiras públicas. Às embalagens, o chão. Ao município, conforme ouvi ontem em conversa entre dois vendedores de fruta e verduras, na Rua Sete de Setembro, cascas, caroços e folhas e mercadorias podres. Pior foi escutar a cansada justificativa de um deles, a de que "se eu não sujar, os garis não terão emprego". Argumento tosco e dispendioso aos municípios, que poderiam economizar boa cifra reduzindo as varrições. Existe outro lado da moeda, verificado principalmente nas periferias das cidades. O lixo se espalha, segundo denúncias recebidas por esta coluna, em pontos de Enseada dos Corais, no Cabo de Santo Agostinho, do Jordão Baixo, no Recife, de Guararapes, em Jaboatão. Nesses lugares, há descasos da população, mas conta a coleta pública.

Vindo do canal

Bem perto do inacabado Estádio Grito da República, em Rio Doce, Olinda, a sujeira se avoluma na Avenida México. O lixo vem, em parte, do transbordo do canal, acarrentando outros problemas. Animais de rua são atraídos por restos de comida, insetos e roedores se proliferam e o mau cheiro %u201Cincensa%u201D o ar. É tudo que se precisa para os habitantes dos arredores adoecerem.

Série de problemas

Concordo com alguns olindenses, quando definem a Avenida Perimetral "como um mal sem fim". A situação da via, ao longo das últimas duas décadas, piora ano após ano. Pensava-se na década passada, com o fechamento do Lixão da Aguazinha, que haveria uma melhora. Montanhas de resíduos deixaram de subir. Buracos no asfalto e ocupação irregular do acostamento continuam.

Lugar improvisado

Os flanelinhas da Rua Luiz Barbalho, no Derby, recorreram à criatividade para resolver um velho problema de estacionamento para suas bicicletas. Depois de "nãos" seguidos de proprietários dos imóveis, resolveram amarrá-las ao gradil das casas e dos edifícios. Enquanto isso, lavam um carro, ajudam na manobra ou ficam sentados em cadeiras e bancos quebrados.

Sustos seguidos

Recifense que mora no Sul do país se assustou ontem ao perceber a demolição da antiga Padaria Capela, na Avenida Rosa e Silva, nas Graças. "Primeiro tomei um susto com o vazio. Fiquei mais surpreso com a explicação que me deram sobre o vazio", afirmou ele, pedindo anonimato. A explicação recebida, e correta, foi de que o imóvel centenário estava em perfeitas condições. E dará espaço a estacionamento.

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