Impasse Alunos permanecem na reitoria da UFPE e acusam universidade de cortar água e luz Até o momento, a Polícia Militar não chegou à reitoria para cumprir o mandado de reintegração de posse. Os estudantes afirmam que só deixarão o prédio quando o impasse for resolvido

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 03/10/2015 11:44 Atualizado em: 03/10/2015 17:40

Predio da reitoria da UFPE permanece ocupado por grupo de estudantes. Foto: Wagner Oliveira/DP/D.A Press
Predio da reitoria da UFPE permanece ocupado por grupo de estudantes. Foto: Wagner Oliveira/DP/D.A Press
A Reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife, continua ocupada por estudantes desde o final da manhã de ontem. Os alunos exigem que o novo estatuto da instituição, aprovado pelo Congresso Estatuinte em maio deste ano, não seja modificado pelo Conselho Universitário. O Conselho, presidido pelo reitor Anísio Brasileiro, é a instância superior da UFPE e recebeu ontem a proposta do novo estatuto.

De acordo com o grupo de estudantes, os portões da reitoria continuam fechados e o local está sem o fornecimento de água e energia. Os universitários dizem que o corte foi realizado pela direção da UFPE. A reportagem do Diario apurou, ainda, que até o momento, a Polícia Militar não chegou à reitoria para cumprir o mandado de reintegração de posse. Os estudantes afirmam que só deixarão o prédio quando o impasse for resolvido.

A Procuradoria Regional Federal da 5ª Região, que representa a UFPE judicialmente, deu entrada, na tarde de ontem, na Justiça Federal, em uma ação de reintegração de posse do prédio da reitoria. Os servidores técnico-administrativos da UFPE apoiam a posição dos estudantes, mas não participaram da ocupação. O Conselho Universitário é formado por docentes, servidores e estudantes.

De acordo com a UFPE, a entidade esteve reunida ontem com a participação de cinco representantes de dois dos três segmentos da comunidade universitária - docentes e técnico-administrativos - que integraram as discussões no Congresso Estatuinte. “O segmento estudantil não aceitou participar do Conselho com uma representação. Um telão foi disponibilizado para acompanhamento em tempo real, o que não foi aceito por eles”, informou a universidade. Ainda segundo a instituição, após o fim da reunião o reitor Anísio Brasileiro conversou com os manifestantes sobre os encaminhamentos dados pelos conselheiros, mas não houve acordo quanto à saída do grupo da reitoria. Por esta razão, o expediente administrativo foi suspenso no local.




MAIS NOTÍCIAS DO CANAL