Protesto
Funcionários do Hospital Regional de Palmares fecham a BR-101
Publicado em: 14/09/2015 11:08 Atualizado em: 14/09/2015 11:29
Foto: Edlamar Lins/ Reprodução/ WhatsApp |
Os trabalhadores denunciam o fechamento da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e se queixam de salários atrasados e falta de medicação e de luvas para a realização de procedimentos. Os manifestantes ameçam permanecer no local até que o governo do estado entre em contato com a direção do hospital. O congestionamento é grande na rodovia.
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Responsável pelo atendimento de pacientes de 22 municípios pernambucanos circunvizinhos, além de outros do Norte de Alagoas, o Hospital Regional de Palmares, a 128 quilômetros do Recife, na Zona da Mata, suspendeu, no início de julho passado, a realização de cirurgias eletivas. O atendimento foi restrito aos casos de urgências e emergências considerados de menor gravidade. Segundo o diretor, Christiano Paiva, os motivos são a superlotação da unidade e a falta de medicamentos essenciais em consequência dos atrasos de repasses de recursos.
Na ocasião, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que “vem realizando cortes apenas na estrutura administrativa da pasta” e que “o atraso do custeio do Hospital Regional de Palmares é uma situação pontual, não justificando a tomada de decisão isolada por parte da entidade gestora da unidade”. Ainda segundo a nota, a SES “vem dialogando com todas as entidades para que busquem ações necessárias para enfrentar essa nova realidade financeira, sem comprometer o atendimento à população”.
“Estamos restringindo o atendimento, inclusive para proteger os pacientes, pois não haveria como garantir o tratamento nas condições atuais”, destacou na época Christiano Paiva. A unidade tem como público mais de 500 mil pessoas que habitam 22 municípios da região. Na maternidade, exemplifica Paiva, os atendimentos excedem 150% do previsto.
Só pelo atendimento excedente, que é registrado a cada trimestre, o estado deveria ter repassado cerca de R$ 2,5 milhões, indicou Paiva. A Fundação Manoel da Silva Almeida, que constituiu uma organização social (OS) para administrar o hospital, vem reivindicando a repactuação do contrato, lembrouo médico.
Ainda segundo o diretor, com o plano de contingência definido pelo governo, a SES não promoveu o reajuste anual previsto no contrato - em 2013 foi de 9,77% - e ainda tem atrasado o repasse dos pagamentos, que deveriam ocorrer até o quinto dia útil de cada mês. Junto com a falta do pagamento do excedente, o valor em aberto soma R$ 5 milhões. Com as retenções, a unidade padece com falta de materiais e medicamentos, inclusive com atraso de pagamento a fornecedores e de direitos trabalhistas.
A unidade atende 15 mil pessoas/mês na emergência e outras 2,5 mil pessoas/mês no ambulatório, além de 300 partos/mês. Há 1.020 funcionários entre servidores e profissionais contratados e 137 médicos para 172 leitos (20 de UTI) e são realizados cerca de 18 mil exames diagnósticos por mês. O ambulatório projetado apenas para atendimento de pacientes da unidade extrapolou esse foco na obstetrícia. Na emergência há atendimentos para clínica médica, pediatria, ginecologia, obstetrícia, cirurgia geral, odontologia e ortopedia.
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