Defesa Civil
Em seis meses, 158 pontos de risco em morros do Recife deverão receber a geomanta
Feita de PVC com microfibra de poliéster, ela ajuda a proteger as barreiras das chuvas e pode durar até 40 anos
Publicado em: 01/09/2015 16:15 Atualizado em:
Foto: Nando Chiappetta/DP/D.A Press |
Geraldo mostrou a Occhi o trabalho com as geomantas em Nova Descoberta e Dois Unidos. “São obras rápidas e no próximo inverno todas as casas localizadas nestas áreas estarão protegidas”, explicou. Na avaliação de Occhi, a medida é satisfatória e pode ser levada para outras cidades. Atualmente, as geomantas são utilizadas apenas no Recife e em Cariacica, no Espírito Santo. “Temos demandas para áreas de risco em todos os lugares que possuem área de morro e vamos avaliar essa prevenção em outras cidades”, afirmou o ministro.
Maria Antônia Mendes, 45, mora desde que nasceu no Córrego do Fernandinho, também em Nova Descoberta, e comemorou a aplicação da geomanta. “Aqui já passei por muita coisa. Meu quarto foi destruído pela barreira de trás de casa, e o medo de a barreira da frente cair toma conta da gente quando chove”, explicou. “Há cerca de cinco anos a prefeitura nos levou para ficar numa capela porque havia risco de desabamento. Passamos quinze dias lá, mas quando voltamos a barreira estava tal qual no dia em que saímos.”
Desde 2013, a tecnologia vem sendo usada na cidade, que conta atualmente com 129 aplicações. “É extremamente eficiente, dura no mínimo quarenta anos, e custa 30% menos que o método da tela argamassada, o mais comum”, contou o detentor da patente do método, o engenheiro civil Eduardo D’angelo. “A geomanta é uma evolução das técnicas que eu usava quando trabalha com canais. Melhoramos o material de poliéster e adaptamos para os morros.”
O ministro Occhio também visitou Paulista, onde foi assinada ordem de serviço do desassoreamento do Rio Paratibe. Depois foi ao Sertão inaugurar o Núcleo Ambienta.l (Nema) da Univasf. O investimento de R$ 28 milhões.
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