Fim do mistério Sacrário roubado em 1976 da Igreja Madre de Deus será devolvido terça-feira

Publicado em: 13/08/2015 09:42 Atualizado em: 13/08/2015 09:46

Foto: Arquidiocese de Olinda e Recife/ Divulgação
Foto: Arquidiocese de Olinda e Recife/ Divulgação
Um mistério de quase quatro décadas terminou ontem. A Arquidiocese de Olinda e Recife anunciou que o sacrário roubado em 23 de janeiro de 1976 da Igreja Madre de Deus, no Bairro do Recife, será devolvido a Pernambuco na terça-feira.

O objeto de madeira e prata foi entregue ao Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), no Rio de Janeiro, que repassou a peça à arquidiocese após assinatura de termo ajustamento de conduta entre a Igreja e o Ministério Público Federal. A peça ficará disponível à visitação no Museu de Arte Sacra de Pernambuco, em Olinda. Por enquanto, não há previsão de retorno à Madre de Deus.

O sacrário, também chamado de tabernáculo, é uma urna onde são guardadas as hóstias consagradas. A peça foi encontrada com o herdeiro de colecionador particular, que o devolveu após uma inspeção da Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 13 de agosto de 2014. Desde então, a peça estava com o museu carioca.

Ontem, o sacrário foi entregue ao presidente da Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Cultura, frei Rinaldo Pereira, pela diretora do museu, Mônica Xexéo, e pelo procurador da República Sérgio Suiama. O sacrário será apresentado na terça-feira às 8h30, ao arcebispo dom Fernando Saburido durante reunião mensal do clero, no Centro Arquidiocesano de Pastoral Dom Vital, no bairro da Várzea, no Recife.

Roubos em série
A peça foi roubada junto com outros artigos da Igreja da Madre de Deus. Na edição de 27 de janeiro de 1976, o Diario noticiou que “ladrões ainda não identificados vinham roubando objetos sacros da Concatedral da Madre de Deus no Bairro do Recife, mas somente ontem (26) o vigário Pierre Amorim prestou queixa na Delegacia de Roubos e Furtos”.

A reportagem dizia ainda que a tradicional Procissão dos Passos, realizada há mais de 300 anos no Centro do Recife, 26 dias após o carnaval, aconteceria mesmo sem os valiosos objetos subtraídos do templo. Ao jornal, a polícia garantiu que recuperaria as peças dentro de uma semana, porque colocara cinco agentes no caso. A polícia acreditava que os ladrões eram especilizados e que haviam vendido as peças a antiquários do Recife e Salvador.

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