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Ônibus Rodoviários dizem que não vão parar hoje, mas realizam passeata à tarde

Publicado em: 04/08/2015 07:30 Atualizado em: 04/08/2015 08:16

A terça-feira começa com incertezas sobre o transporte público de passageiros, apesar dos dois grupos sindicais (oficial e oposição) dos rodoviários garantirem que a circulação de coletivos será normal. Ontem, eles asseguraram que a volta para a casa após um dia de transtornos seria tranquila, mas isso não aconteceu. Nas ruas, o que se viu foram poucas conduções. Nem os BRTs circularam. Segundo os rodoviários, a diminuição foi ideia das empresas, que negam.


Para esta tarde, a partir das 14h, o sindicato convocou a categoria para se concentrar na Praça Oswaldo Cruz, Boa Vista, e seguir em passeata até o Palácio do Campo das Princesas e depois até a sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na Avenida Cais do Apolo. Os sindicalistas garantem que a frota irá circular normalmente durante o protesto. Já a oposição vai distribuir panfletos à população explicando as razões do movimento. O Metrorec avisou que vai estender o horário de pico em uma hora hoje, com mais 10 viagens pela manhã (5h30 às 8h30) e 10 à noite (17h às 21h). Os rodoviários, que protestam contra a redução de percentuais de reajuste salarial e do tíquete-alimentação, avisaram que vão parar novamente nesta quarta-feira, mas não divulgaram horários.

Ontem, a paralisação começou às 4h, como resposta à decisão do Tribunal Superior do Trabalho de reduzir percentuais definidos pelo Tribunal Regional do Trabalho. Como se não fossem clientes de um serviço essencial e não merecessem o mínimo respeito, os dois milhões de usuários de ônibus na Região Metropolitana foram novamente surpreendidos pela interrupção do sistema, sem nenhum aviso prévio. Na oitava paralisação em 12 meses, só 60 dos três mil coletivos circularam. Os transtornos nos terminais e paradas dos corredores somaram-se aos engarrafamentos do dia de volta às aulas, em vias como a Avenida Rui Barbosa, que tiveram o trânsito agravado pela greve surpresa.

O Grande Recife Consórcio de Transporte informou que que vai acionar o Ministério Público do Estado e Ministério Público do Trabalho para que previnam paralisações futuras. O sindicato das empresas (Urbana-PE) afirmou que a decisão do TST, que atendeu a um pedido seu, está dentro das regras legais.



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