Presídios Muros do Complexo do Curado serão reforçados para evitar fugas De janeiro a junho deste ano, um total de 46 presos fugiram do sistema prisional, sendo 20 deles recapturados

Publicado em: 04/08/2015 08:43 Atualizado em: 04/08/2015 09:19

Os muros que cercam as três unidades penitenciárias que formam o Complexo Prisional do Curado, no bairro do Sancho, Zona Oeste do Recife, serão reforçados. A estrutura, de 1,5 quilômetro de extensão, vai ganhar mais 15 centímetros de espessura, em concreto armado, inclusive no subsolo.


O objetivo é evitar escavações e as consequentes fugas, como as registradas do domingo passado, quando três presos conseguiram escapar. As obras, orçadas em R$ 1,7 milhão em recursos do Estado, devem ter início até o final do mês. De janeiro a junho deste ano, um total de 46 presos fugiram do sistema prisional, sendo 20 deles recapturados.

Outra medida a ser implantada é a colocação de alambrados em toda a área murada. A meta é dificultar os arremessos de drogas, armas e celulares para dentro das unidades.

Em janeiro deste ano, reconhecendo a dificuldade no sistema penitenciário pernambucano, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, prometeu medidas emergenciais para tentar frear a entrada de armas e drogas no Complexo Prisional do Curado (antigo Aníbal Bruno). O anúncio foi feito após reunião com o governador Paulo Câmara, quando também foi definido que o coronel reformado da PM Eden Vespaziano assumiria a Secretaria-Executiva de Ressocialização no lugar do juiz aposentado Humberto Inojosa, que deixou o cargo alegando motivos pessoais.

Novas câmeras de monitoramento, ampliação no tamanho dos muros dos três presídios que compõem o complexo, revistas periódicas nas unidades, trabalho do serviço de inteligência para identificar irregularidades e a restrição da quantidade de produtos que podem ser levados por familiares aos presos nos dias de visita. Essas foram as principais medidas previstas, na ocasião, por Eurico.

“Vamos acabar com a circulação de armas brancas”, disse na época, em referência à denúncia da TV Globo, que flagrou presos circulando livremente com facões. Em revista realizada na véspera mais de 50 armas foram apreendidas.

Diante da sequência de irregularidades no Complexo do Curado, com tentativas de fugas e até rebelião na noite de Natal, o Sindicato dos Agentes Penitenciários do estado também se posicionou por nota na ocasião: “O estado não vem cumprindo com o seu papel, que é assegurar a ordem pública e garantir a segurança para a sociedade. Hoje temos uma média de 25 presos para um agente.”

 



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