Frei Damião de Bozzano Revista e disparos de alerta no Complexo Prisional do Curado

Publicado em: 28/07/2015 13:59 Atualizado em: 28/07/2015 14:41

O Presídio Frei Damião de Bozzano (PFDB), que faz parte do Complexo Prisional do Curado, passa por uma revista nesta terça-feira. Pela manhã, foi vistoriado o pavilhão D e à tarde, os trabalhos continuam no pavilhão F da unidade. No início da tarde, vizinhos da penitenciária alegaram ter ouvido o som de disparos e temiam se tratar de uma rebelião.


De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Ressocialização (Seres), a situação está sob controle e nenhum tumulto foi registrado. No entanto, durante situações de revista, para conter os reeducandos, disparos de sinal de alerta podem ser feito, segundo a Seres, com bombas de efeito moral ou de tiros de borracha para o alto.

Na manhã de ontem, dois detentos do presídio Juiz Antônio Luís Lins de Barros (Pjallb), no Complexo Prisional do Curado, antigo Aníbal Bruno. Eles conseguiram escapar por um buraco na parede do presídio. A fuga só foi percebida após análise das imagens do próprio circuito de monitoramento da unidade prisional. Câmeras localizadas dentro e fora do muro captaram o momento da fuga. A Secretaria Executiva de Ressocialização vai abrir uma sindicância interna para investigar o caso.

Entre as perguntas ainda sem respostas que a sindicância deverá apurar estão: onde estavam os guardas da guarita na hora da fuga? Ou quem acompanha o sistema de monitamento? Nos dois casos não foi dado alerta da fuga. Ontem a Seres fez nova contagem dos presos para tentar identificar os fujões. A informação inicial é que foram dois detentos. Os nomes deles foram divulgados. São Wellington José da Silva e Antônio José Bezerra, ambos cumpriam pena pelos crimes de assalto e homicídio.

Ontem, o buraco na parede foi fechado. Os agentes penitenciários revistaram todos os muros do Complexo em busca de outros buracos realizados pelos detentos, mas não encontraram. No sábado, dois homens conseguiram fugir de outro presídio do Complexo, o Frei Damião de Bozzano (PFDB), escalando o muro com uma corda artesanal, popularmente conhecida como “tereza”.

A Polícia Militar, responsável pelos muros dos presídios, abriu um inquérito formal para investigar a fuga ocorrida no sábado. Mauro Sérgio Sousa Feitosa, condenado por assalto a bancos, e Thiago Teixeira da Silva, por tráfico de drogas e associação ao crime, ainda estão foragidos. Em um sábado de março, três reeducandos conseguiram fugir do presídio da mesma forma que Mauro e Thiago, utilizando uma corda feita com lençóis.

Atualmente, o Complexo Prisional, que tem capacidade para 2,1 mil pessoas, abriga 7 mil reeducandos. Estão divididos em três unidades: PFDB, Pjallb e o Presídio Agente de Segurança Penitenciário Marcelo Francisco de Araújo. A Delegacia de Jardim São Paulo fica responsável pela investigação dos casos de fuga do Complexo.



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