Clima Previsão de segunda com chuvas fracas em Pernambuco O volume de água acumulado na capital do estado foi o dobro da previsão para todo o mês de julho

Publicado em: 05/07/2015 21:26 Atualizado em: 05/07/2015 21:34

Carreta ficou com parte submersa em Cabo de Santo Agostinho. Foto: TV Clube/Reprodução
Carreta ficou com parte submersa em Cabo de Santo Agostinho. Foto: TV Clube/Reprodução

Após um fim de semana de prejuízos para vários moradores de Pernambuco, o volume de chuvas deve ser menor nesta segunda-feira, de acordo com a Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac). A previsão é de pancadas fracas no fim da tarde e à noite.

No Cabo de Santo Agostinho, o nível da água às margens da BR-101 chegou à altura da boleia de uma carreta. O dono, Marcelo Gomes, de São Paulo, deixou o veículo em um estacionamento e, quando voltou, conseguiu recuperar apenas o celular, a carteira e uma garrafa de água, que estava boiando. Com água até o pescoço, ele desistiu de procurar outros itens, como roupas. O carregamento estava em um posto de gasolina e não foi danificado.

Também no Cabo, uma barreira deslizou, no loteamento Nilton Carneiro. Ninguém se feriu, mas uma rua ficou interditada. Os moradores acionaram a Polícia Civil, de acordo com o pedreiro Mário da Silva, mas nenhum agente chegou ao local. Ele e vizinhos se juntaram para liberar a rua.

Ipojuca, no Litoral Sul pernambucano, registrou o maior índice pluviométrico do estado neste sábado. Foram 160mm  em apenas 24 horas. Várias casas foram invadidas pelas águas, como a de Luciana Maria da Silva. Elas e os três filhos não puderam dormir em casa.

O prefeito do Ipojuca, Carlos Santana, decretou estado de alerta. No Recife, Geraldo Julio assinou o documento na sexta-feira. O volume de água na capital pernambucana foi de 134mm no sábado, bem abaixo do último dia 29, com 228mm (o maior índice dos últimos 29 anos), mas, ainda assim, equivalente ao esperado para 13 dias em julho.

O Gabinete Integrado de Proteção Civil atendeu 387 ocorrências, entre deslizamento de barreiras, queda de muros, pontos de alagamento e solicitação de vistorias entre as 10h e as 20h. O acumulado nos últimos 10 dias foi de 681,4mm, o dobro da previsão para o mês.

No sábado, 1.255 pessoas residentes em áreas de morro ou alagadas foram encaminhadas pela Secretaria-Executiva de Defesa Civil (Sedec) para casas de familiares ou amigos.

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