Ônibus Greve dos rodoviários: poucos ônibus, protestos e depredações No meio da manhã, o movimento grevista radicalizou com os ônibus parando nas ruas. Os passageiros seguiram viagem a pé

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 14/07/2015 11:38 Atualizado em: 14/07/2015 14:13

Com poucos ônibus circulando nas ruas, os coletivos que chegavam aos terminais foram disputados pelos passageiros. Foto: Guilherme Veríssimo/Esp DP/D.A Press
Com poucos ônibus circulando nas ruas, os coletivos que chegavam aos terminais foram disputados pelos passageiros. Foto: Guilherme Veríssimo/Esp DP/D.A Press

A primeira manhã de paralisação dos rodoviários foi marcada por poucos ônibus circulando nas ruas e mobilizações em duas das principais vias de fluxo do centro do Recife: as avenidas Cruz Cabugá e Agamenon Magalhães. Protesto semelhante também foi relizado no Terminal de Joana Bezerra. A estratégia foi usada para chamar a atenção para a greve, iniciada à zero hora. A categoria se reúne no início da tarde na sede do sindicato, no bairro de Santo Amaro e de lá deve seguir em passeata pelas ruas do Recife.

Apesar do policiamento reforçado nos terminais e nas vias da Região Metropiltana do Recife, a primeira manifestação começou por volta das 9h, na Cabugá, nas imediações da sede do sindicato da categoria, no bairro de Santo Amaro. Os motoristas pararam os coletivos no meio da via e os usuários tiveram que descer dos veículos. Um dos coletivos teve os pneus furados.


Mais tarde, por volta das 11h, ato semelhante foi realizado na Avenida Agamenon Magalhães, nas imediações da Praça do Derby. No entanto, os manifestantes tiveram maior dificuldade em convencer os condutores e foram bastante hostilizados pelos passageiros.

Os coletivos foram parados, fechando o tráfego em uma faixa da via no sentido Olinda/Boa Viagem. Indignado, um dos usuários desceu e argumentou com os grevistas. Disse que concordava com o movimento, mas que a paralisação deveria acontecer desde as garagens, evitando que os ônibus saíssem e não deixando a população no meio do caminho. Convencidos, os manifestantes liberaram a via e os ônibus seguiram viagem. A Polícia Militar também foi acionada para o protesto, que durou cerca de 15 minutos. Em seguida, os trabalhadores seguiram para a Praça do Derby, de onde dispersaram a mobilização, prometendo reavaliar os rumos do movimento.

Na garagem da empresa Globo, localizada na Avenida Norte, bairro de Beberibe, zona norte do Recife, seis coletivos foram depredados. Funcionários da empresa disseram que o vandalismo foi praticado por motoqueiros que passaram pelo local atirando pedras e causando um prejúizo em torno de R$ 14 mil.

O sindicato da classe patronal, o Urbana-PE apresentou um balanço inicial da circulação. Segundo a assessoria de comunicação, o dia começou com 40% da frota nas ruas, índice que teria aumentado para 55% por volta das 8h30. De acordo com Aldo Lima, membro da Central Sindical Popular - CSP Conlutas e representante da executiva estadual da central, apontado como articulador da paralisação, a categoria compareceu às garagens para cumprir a determinação do Tribunal Regional do Trabalho em garantir 70% da frota de ônibus circulando nos horário de pico, mas que a classe patronal estaria descumprindo a medida em não liberar os veículos e também utilizando mão de obra terceirizada. "Os patrões estão cometendo duas irregularidades", acrescentou.



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