Diario Urbano Asfalto do tipo "comprimido efervescente" não resiste às chuvas

Por: Jailson da Paz

Publicado em: 24/07/2015 07:31 Atualizado em: 24/07/2015 09:13

O semáforo estava fechado para pedestres quando um senhor, de guarda-chuva, definiu em voz alta o pavimento das ruas do Recife. Era asfalto do tipo “comprimido efervescente”. Fiz cara de quem não  compreendeu e ele apontou para a faixa à nossa frente, no cruzamento das ruas Setúbal e Barão de Souza Leão e que nos levaria à pracinha de Boa Viagem. O asfalto se esfarelava antes de completar um ano de reposição, segundo o senhor. “Meu filho, é Sonrisal. Não pode ver água que se desmancha”. Pelo desgaste do pavimento, a reposição do asfalto deve ter ocorrido há poucas semanas. Algo semelhante a um trecho da Rua Real da Torre próximo ao Carrefour, onde a prefeitura fechou uma cratera e essa, em menos de um mês, está lá novamente. Reapresenta-se
aos motoristas disposta a rasgar pneus, amassar protetores de cárter e entortar calotas. O efeito Sonrisal se espalha por inúmeros pontos da cidade, ou melhor, das cidades, também é conhecido por moradores de Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho e Paulista. É um fenômeno antigo, relacionado à qualidade do pavimento de ruas e avenidas. Tecnologia para tornar o asfalto mais resistente e durável existe, o que não pode é, ano após ano, vir a desculpa de que “estamos no inverno”.

Filas quilométricas

Desde o início da semana, os engarrafamentos na Avenida Marechal Mascarenhas de Morais, na Imbiribeira, vão da Rua Coronel Fabriciano às imediações do edifício-garagem do aeroporto. O asfalto dos primeiros metros da Coronel Fabriciano dissolveu-se com as chuvas, colecionando buracos.
Medo da chuva

Chuva virou sinônimo de preocupação para os moradores da Rua São João, no Sítio dos Pintos, na Zona Norte do Recife. As canaletas da escadaria possuem trechos quebrados. Isso, conforme os moradores, facilita infiltrações e contribue para o surgimento de rachaduras nas casas.

Montanhas de terra

A Rua Potengy é pavimentada, mas nem parece ser quando se aproxima do cruzamento com a Rua Jean Emile Favre, uma das vias mais movimentadas do Ipsep. A Potengy possui relevo variado, ou melhor, montanhas de terra, trazidas pelas enxurradas, e crateras no ponto que dizem ser de asfalto.

Bicicletas afogadas

As bicicletas da estação do Bike PE da Avenida Boa Viagem, na altura do cruzamento da Rua Tomé Gibson, ficaram quase todo o dia de ontem dentro d’água. Era a consequência das chuvas fortes e da baixa eficiência do sistema de drenagem do lugar, colado à ciclovia da avenida beira-mar.

Na hora do aperto

Da limpeza dos banheiros públicos, os frequentadores do Parque 13 de Maio, na Boa Vista, costumam falar bem. A avaliação difere no item conservação. Faltam toneiras nas pias, enquanto uma das portas internas está incompleta, afugentando os usuários preocupados em preservar a intimidade.

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