Foto: Marcos Santos/USP Imagens

A proximidade dos festejos juninos traz um alerta ao comércio: cuidado com a circulação das notas falsas. O aviso vem da Polícia Federal (PF): A prática aumenta em datas comemorativas principalmente em cidades do interior. Estatísticas do órgão apontam que, apenas este ano, já foram feitas doze apreensões que totalizaram mais de R$ 16 mil em notas falsificadas e a prisão de doze pessoas. Os números já ultrapassam os registrados em 2014, quando foram apreendidos cerca de R$ 11 mil com a prisão de onze pessoas.

“Quando se tem uma grandes aglomerações há uma maior circulação dessas notas. No período dos festejos juninos, o foco principal são as cidades do Agreste. A feira de Caruaru, por exemplo, é um local que sabemos que é alvo dos falsificadores”, afirmou o assessor de Comunicação da PF, Giovani Santoro. No ano passado, a nota com maior incidência de falsificação no Brasil foi a de R$ 100,00, com 138.860 registros. A segunda maior apreensão foi da cédula de R$ 50,00, com 107.383 falsificações registadas.

Caso algum comerciante receba uma nota falsificada ele deve guardar a cédula e entregá-la à Polícia Federal. “Também é importante informar as características físicas da pessoa que repassou a nota e as informações sobre a circunstância em que o repasse foi feito”, orientou Santoro. Se o saque for efetuado em caixa eletrônico, a recomendação é que o consumidor tire um extrato que comprove o saque e procure o gerente da agência para que possa haver um entendimento mútuo sobre o ressarcimento dos valores.

Uma ferramenta que pode ser utilizada em caso de dúvidas sobre a autenticidade da cédula é o aplicativo “dinheiro brasileiro”, que foi desenvolvido pelo Banco Central e ajuda a identificar e conhecer os itens de segurança.

As moedas falsas, nunca devem ser postas em circulação novamente. De acordo com o Código Penal (Artigo 289, § 1º), guardar, adquirir, vender, trocar ou colocar em circulação moeda falsa é crime tendo como consequência de 3 a 12 anos de reclusão, além de multa. A legislação também prevê seis meses a dois anos de detenção, além de multa, para aqueles que reconhecerem a falsidade da nota e, mesmo assim, a colocam novamente em circulação.

“A Polícia Federal tem trabalhado para desarticular as quadrilhas que atuam em todo o país. Os estados do Sudeste são onde estão a maioria delas e as notas chegam aos demais estados das mais diversas formas. Já pegamos, inclusive, caminhoneiros trazendo cédulas”, contou Santoro. O estado com maior registro de falsificações é o de São Paulo, seguido por Rio de Janeiro e Minas Gerais. Pernambuco ocupa a oitava posição.

Por aqui, a maior apreensão realizada pela Polícia Federal foi em setembro de 2009 com a “Operação Contenção”,nas cidades de Canhotinho, Agrestina e Caruaru.


Sete maneiras de identificar notas falsas

1 - Conheça bem a nota verdadeira (a experiência em manusear diariamente o dinheiro verdadeiro faz com que eles se tornem especialistas em identificar notas falsas)

2 - Comerciante: não tenha pressa no atendimento (a pressa do comerciante para atender um maior número de clientes faz com que não tenha o devido cuidado)

3 - Verifique se as numerações das notas não são iguais (ao receber duas notas de igual valor, verifique se as numerações são iguais. Os falsários não costumam fazer notas falsas com numeração diferente)

4 - Observe a textura da nota (as notas falsas tendem a ser lisas. As verdadeiras são ásperas e possuem um alto relevo e saliência nos itens de segurança que podem ser percebidos pelo tato)

5 - Observe a impressão da nota (nas cédulas legítimas, as tonalidades de cores são firmes. Já as notas falsas têm cores com pouca nitidez e costuma haver borramento das cores)

6 - Verifique a marca d’água colocando a nota contra a luz

7 - No caso de dúvida, compare a nota suspeita com uma verdadeira

Fonte: Polícia Federal