Greve Ônibus voltam a circular às 23h30. Metrô vai operar das 16h às 20h Categoria, comemora uma adesão de 100% dos trabalhadores ao Dia Nacional de Paralisação e Manifestações

Publicado em: 29/05/2015 09:01 Atualizado em: 29/05/2015 11:06

Motoristas se concentraram na garagem da empresa Vera Cruz. Foto: Reprodução/ WhatApp
Motoristas se concentraram na garagem da empresa Vera Cruz. Foto: Reprodução/ WhatApp
Os ônibus só devem voltar a circular normalmente pelas ruas da Região Metropolitina (RMR)  às 23h30, no horário de saída da linhas do chamado "bacurau" das garagens. Esta é a previsão do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários.

A categoria comemora uma adesão de 100% dos trabalhadores ao Dia Nacional de Paralisação e Manifestações, convocada por centrais sindicais em todo o país para protestar contra as Medias Provisórias 664 e 662 (que alteram o acesso a direitos trabalhistas) e o Projeto de Lei 4330 (que regulamenta os contratos de trabalhadores terceirizados).
O Grande Recife Consórcio de Transporte, responsável por gerir o transporte público por ônibus da Região Metropolitana do Recife (RMR) informou na manhã desta sexta-feira que vai acionar o Ministério Público do Trabalho sobre a paralisação de 24 horas realizada hoje pelos rodoviários. Segundo eles, a mobilização, promovida pelo do Sindicato dos Rodoviários, acontece sem aviso prévio, enquanto a legislação obriga, em casos de greve, que seja disponibilizada 30% da frota de ônibus para a população.
À tarde, os rodoviários participam do protesto convocado pelas centrais sindicais do estado. A mobilização está marcada para às 14h, em frente à Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), na Avenida Cruz Cabugá, bairro de Santo Amaro, centro do Recife.

Estação Central do Metrô ficou praticamente vazia. Foto: Alice Souza/ DP/ DA Press
Estação Central do Metrô ficou praticamente vazia. Foto: Alice Souza/ DP/ DA Press

Metrô - Depois de operar parcialmente no horário de pico, das 5h às 9h, o metrô do Recife parou e só deve voltar à atividade, das 16h às 20h desta sexta-feira. Os trens estão sendo operados por supervisores, uma vez que os metroviários estão em paralisação de 24 horas. A categoria aderiu ao Dia Nacional de Paralisação contra o Projeto de Lei 4.330. A proposta, em votação no Senado, prevê a ampliação da terceirização. O protesto também é relativo a medidas provisórias que alteram aposentadorias e mexem no seguro-desemprego e pensões previdenciárias. As MPs também tramitam no Congresso.

Na Estação Central do Metrô, passageiros relataram pouco número de usuários. A estudante Girlane Lima saiu de Cavaleiro, onde mora, uma hora mais cedo e sentiu a pouca movimentação. Às 13h30, os metroviários se concentram na Estação Central  para de lá seguirem em caminhada até a Avenida Cruz Cabugá, de onde partirá uma passeata de trabalhadores de diversas categorias pela Conde da Boa Vista e Rua Princesa Isabel.

Contra o quê eles protestam? Saiba o que dizem as Medidas Provisórias 664 e 662 (que alteram o acesso a direitos trabalhistas) e o Projeto de Lei 4330 (que regulamenta os contratos de trabalhadores terceirizados):

O PL-4330, que tramita no Congresso Nacional, tem provocado um amplo e polêmico debate por conta da perda de direitos trabalhistas, defendida pelas centrais sindicais. Segundo a CUT, em todo o processo de tramitação do PL-4330 a central intensificará a pressão para que o projeto seja barrado no Congresso Nacional. Carlos Veras, presidente da CUT-PE,  afirma que os trabalhadores perdem muito caso a projeto seja regulamentado, já que a proposta permite que as empresas contratem trabalhadores terceirizados para exercer qualquer função. "Na atualidade, esse tipo de contratação é permitida apenas para a atividade-meio, como setores de segurança e limpeza de empresas. Vamos parar o Brasil e intensificar nossa luta para não acabarem com os nossos direitos, como concurso público, férias, 13º salário, FGTS", afirmou Veras. De acordo com ele, o PL-4330 vai na contramão das aspirações da sociedade brasileira.

A MP 664, de autoria do Poder Executivo, estabelece novas regras para concessão do auxílio doença e pensão por morte. A medida altera as Leis nº 8.213, de 24 de julho de 1991, nº 10.876, de 2 junho de 2004, nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e a Lei nº 10.666, de 8 de maio de 2003.


Já a MP 662 abre crédito extraordinário, em favor da empresa estatal Telecomunicações Brasileiras S.A. - Telebrás, no valor de R$ 404.755.786. Também é de autoria do Poder Executivo.


 



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