Novo Recife Ato pede tombamento da paisagem do Estelita Segundo os organizadores, cerca de duas mil pessoas participam do evento

Publicado em: 10/05/2015 19:12 Atualizado em: 10/05/2015 20:41

Além das apresentações artísticas, evento retomou o debate sobre a cidade. Foto: Jailson da Paz/DP/D.A Press
Além das apresentações artísticas, evento retomou o debate sobre a cidade. Foto: Jailson da Paz/DP/D.A Press
Em mais uma edição do Som da Rural, artistas, urbanistas, professores e ativistas se reúnem, neste domingo, em prol da preservação da área de cais do Recife. O Ato pelo Tombamento da Paisagem do Estelita começou às 16h e, segundo os organizadores, atrai cerca de duas mil pessoas. O movimento acontece na Avenida Engenheiro José Estelita.

Além dos shows de Otto e do cordelista Allan Sales, a ação ainda teve um momento de perguntas e respostas sobre o movimento Ocupe Estelita, o projeto Novo Recife e seu impacto ambiental na formação da cidade. A professora Edivânia Torres, da Universidade Federal de Pernambuco, também conversou com os participantes sobre a importancia da paisagem natural.

"Este é o momento de retomar a discussão do modelo de cidade que a gente quer. Esperamos que ela seja mais inclusiva, onde todas as partes sejam ouvidas, e não seja objeto de apenas uma visão", ressaltou o reitor da UFPE, Anísio Brasileiro.

Para o cantor Otto, a força do movimento ultrapassou os limites territoriais do Recife. "A discussão sobre o Estelita extrapolou. Para onde eu vou, as pessoas perguntam como é o movimento, como ele está. Vários músicos, como Peninha, questionam e estão engajados na causa mesmo à distância. O que acontece nas ruas é uma consequência do que o Recife sempre foi. Uma cidade de luta que não se esconde", lembrou o artista.

Além deles, a compositora e cantora Cátia de França, o pedagogo e doutor em matemática Luciano Meira e o urbanista César Barros, que é ex-presidente da URB, também passaram pelo Som na Rural.

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