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Case Unidade da Funase de Caruaru passa por vistoria nesta terça-feira Rebelião registrada no domingo passado deixou dois internos mortos e um ferido

Publicado em: 21/04/2015 08:58 Atualizado em: 21/04/2015 09:10

Após o tumulto foi encontrada, no local uma faca artesanal conhecida como chuçoFoto: Funase/ Divulgação
Após o tumulto foi encontrada, no local uma faca artesanal conhecida como chuçoFoto: Funase/ Divulgação
O Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Caruaru deve passar por uma vistoria nesta terça-feira. A medida acontece quase dois dias depois de uma rebelião que deixou dois internos mortos e um ferido. Após o tumulto foi encontrada, no local uma faca artesanal conhecida como chuço. Não se sabe se arma foi usada para ferir o adolescente que permanece internado no Hospital Regional de Caruaru, recuperando-se de uma cirurgia.


A Corregedoria da Polícia Civil iniciou na segunda-feira a sindacância para apurar  as circunstâncias da rebelião registrada na unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo de Pernambuco (Funase).De acordo com a assesssoria de comunicação da Funase, o Instituto de Criminalística (IC) realizou perícia no local. Os corpos das vítimas, ambos carbonizados, foram encaminhados ao Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife para serem necropsiados.


Como aconteceu - Por volta das 18h, os internos da unidade começaram a queimar colchões. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados e o fogo foi controlado por volta das 19h30. Ainda não se sabem as causas do distúrbio na unidade.

O Case de Caruaru é uma unidade masculina com capacidade para cem internos, mas, atualmente, abriga 175 adolescentes em conflito com a lei. Hoje, a Funase tem unidades de atendimento em dez cidades pernambucanas, incluindo Recife, e, só em Caruaru, há três prédios: o do Centro de Internação Provisória (Cenip), onde internos aguardam a sentença do juiz da Vara da Infância e do Adolescente, a Casa de Semiliberdade (Casem), com adolescentes que vão à escola e frequentam atividades externas, e o Case, onde ocorreu a rebelião. Todas atendem jovens do sexo masculino entre 12 a 18 anos.

Esta não é a primeira vez neste ano que a Funase enfrenta uma rebelião. Em março, a unidade de Timbaúba teve um motim que deixou um agente educativo e dois adolescentes feridos. Em janeiro, o mesmo local teve uma fuga em massa de 30 adolescentes, com 11 deles resgatados.  Neste ano também houve três outras fugas na rede. Em agosto de 2014, três internos da Funase do Cabo morreram carbonizados após um princípio de rebelião. No ano anterior, a situação dos internos da instituição foi denunciada à Organização das Nações Unidas (ONU), por cinco entidades de defesa da criança e do adolescente.

 



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