Aprendizado Jovens propõem consumo consciente usando a robótica Grupo desenvolveu aplicativo que gerencia compras e ensina como lidar com o consumo de forma prática

Por: Patrícia Fonseca - Diario de Pernambuco

Publicado em: 14/04/2015 22:00 Atualizado em: 15/04/2015 10:48

Com idades entre 12 e 14 anos, estudantes decidiram problematizar o consumismo por se sentirem incomodados. Foto: Rodrigo Silva/ Esp. DP/D.A.Press
Com idades entre 12 e 14 anos, estudantes decidiram problematizar o consumismo por se sentirem incomodados. Foto: Rodrigo Silva/ Esp. DP/D.A.Press

No bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, dez estudantes de 12 a 14 anos do ensino fundamental, da equipe de robótica do Colégio Apoio, o Apoiobot, decidiram problematizar a situação do consumismo e desenvolveram um sistema de quatro soluções que promove a reflexão e premia os atos positivos. "Fizemos uma tempestade de ideias e eles chegaram ao tema como uma questão que os incomoda. Decidiram que o aprendizado sobre o consumismo seria ideal na infância e analisaram como envolver a robótica realizando um sistema que pode ser conectado com qualquer conteúdo", explica Vancleide Jordão, professora e coordenadora do projeto de robótica da unidade de ensino.



Todas as ferramentas têm como ponto de encontro o "Ecobanco", um aplicativo que gerencia compras de conteúdos, softwares, músicas, jogos, desafios matemáticos, que podem ser utilizados dentro e fora de sala, ensinando a lidar com o consumo de forma prática e direta. Os estudantes ganham uma moeda virtual a partir do nível de envolvimento nas atividades escolares, ao ajudar um colega e, participando das outras três soluções do sistema, que testam o conhecimento sobre temas como a economia da água, da energia e o descarte do lixo, apontado pelo grupo como uma consequência do consumo e uma importante questão de sustentabilidade.Uma espécie de caixa eletrônico recebe os depósitos das “econotas" e o "extrato" é armazenado, "podendo servir para o professor avaliar o desenvolvimento de cada estudante, a partir do que está sendo comprado, economizado, descobrindo se ele fez aquisições de maneira pensada", explica Marina Rocha, de 14 anos. Produtos similares com preços bastante diferentes podem ser oferecidos como um teste. Para possibilitar a comparação, o equipamento disponibiliza uma análise detalhada de cada item, desde o processo de produção.

O protótipo, que já participa de competições regionais e nacionais foi apresentado ao Porto Digital e pode ultrapassar os muros da escola. "Eles estão lançando uma semente. A criança vive a tecnologia. Essa quantidade de possibilidades aproxima, faz com que a criança aprenda com mais facilidade, divertindo-se, mas refletindo", analisa Vancleide.

 

 



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