Final feliz Caçador de tesouros encontra aliança de 25 anos de casamento perdida em Muro Alto

Por: Marcionila Teixeira

Publicado em: 28/01/2015 22:41 Atualizado em: 28/01/2015 23:01

Iguatemi Souza, o caçador de tesouros. Foto: Teresa Maia/DP/D.A.Press
Iguatemi Souza, o caçador de tesouros. Foto: Teresa Maia/DP/D.A.Press

Após passar 26 dias submersa no mar de Muro Alto, em Ipojuca, e ser dada como perdida para sempre, uma aliança de 25 anos de casamento, feita em ouro e brilhante, voltou às mãos do dono, Paulo Marcelo Bompastor. O achado somente foi possível após Paulo ter lido a matéria Caçador de tesouros busca ouro nas praias de Pernambuco, publicada no Diario, no último domingo (25). Ele entrou em contato com o engenheiro mecânico Iguatemi Gonçalves de Souza, 47 anos, que localizou o adereço para ele com a ajuda de um detector de metais.

Paulo Bompastor e a aliança de 25 anos de casado. Foto: Arquivo Pessoal
Paulo Bompastor e a aliança de 25 anos de casado. Foto: Arquivo Pessoal
A aliança tem o nome Suzana e a data 28 de julho de 2002, em lembrança à celebração de 25 anos de união do casal realizada na época. Hoje, estão com 38 anos de casados. “Estou me sentindo perplexo, emocionado, muito privilegiado. Ainda bem que existem pessoas boas e honestas”, comemora Paulo Marcelo.

Ele preferiu não revelar o valor da aliança, mas disse que o valor sentimental supera qualquer outro. “Falei com ele na segunda-feira e na terça ele me ligou pela manhã dizendo que estava na praia para procurar o objeto. À tarde, me deu a notícia do achado. Ela estava há oito metros de profundidade”, contou.

Paulo Marcelo disse que também considera Iguatemi um homem de sorte. “Ele realmente é privilegiado. Tem o equipamento e a obstinação”, comentou. A aliança foi perdida no dia 1° de janeiro deste ano, durante um banho de mar de Paulo com a esposa. “A família inteira procurou, mas não teve jeito”, lembrou Paulo. Nesta quarta, ele nem trabalhou. O dia foi de comemorações.

Iguatemi é engenheiro mecânico formado pela Unisinos, no Rio Grande do Sul. Desempregado, começou a buscar objetos perdidos no Litoral Sul desde abril passado. Em alguns dias, chega a passar até 12 horas no mar, inclusive de madrugada. Antes disso, viajava o país na função de supervisor de montagem industrial.

Objetos antigos e raros também chegam às mãos de Iguatemi. Um exemplo é um anel em ouro de 1736 - que ele diz ter pertencido a um pirata - composto por uma caveira com dois olhos de rubi. Todos os achados em ouro são vendidos para o sustento da casa. Moedas antigas, do século dezoito, ele guarda em casa.

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