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Notícia de Turismo
Festas juninas Da fogueira às bandeirolas, os símbolos juninos fazem história Eles são marcados pela alegria, pelos costumes e pela simplicidade do brasileiro. Ao longo dos anos, a tradição se perpetua, resgatando as raízes do nosso povo

Por: Rafaela Pancery - Especial para o Correio - Correio Braziliense

Publicado em: 01/06/2016 09:35 Atualizado em: 31/05/2016 14:54

Geralmente a fogueira é acessa na véspera do dia de São João. Foto: Cristiano Sérgio/Fotorum
Geralmente a fogueira é acessa na véspera do dia de São João. Foto: Cristiano Sérgio/Fotorum

É inverno no Hemisfério Sul. Com a temperatura mais baixa - mesmo no nordeste brasileiro - o período das festas juninas é marcado por símbolos que aquecem o coração. Além da música, um dos principais, claro, é a fogueira. Dos costumes à gastronomia, as festas de Santo Antônio, São João e São Pedro são quentes. Entre as cinco regiões do país, as diferenças são poucas. Os meses de junho e julho marcam a colheita do milho, daí a abundância de pratos preparados com o ingrediente. O período é tão importante que em alguns estados os dias dos santos são considerados feriados.

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As festas juninas, tradição adquirida dos portugueses, também ganharam um toque nativo, já que os indígenas comemoravam com danças e música as colheitas do mês de junho. Nos estados do Sudeste brasileiro, os festejos acrescentaram as quermesses. Ao som do forró e músicas sertanejas, os “matutos e matutas”, vestidos com roupas coloridas, chapéus de palha e sandálias, numa alusão ao caipira do interior do país, dançam quadrilha, participam de brincadeiras e se rendem às adivinhas, simpatias e promessas.

Fogueira
» Antigamente acreditava-se que o fogo espantava os maus espíritos. O fogo, no entanto, representa a chama da vida. Geralmente é acessa na véspera do dia de São João, 24/06. Na fogueira, assa-se o milho e também se estabelece laços: ao pular a fogueira com outra pessoa, esta se torna compadre (ou comadre) para o resto da vida. Sonho de papel, uma das músicas mais conhecidas, do compositor Alberto Ribeiro, lembra o grande símbolo no trecho “São João, São João, acende a fogueira do meu coração”.

Foto: Zuleika de Souza/CB/D.A. Press
Foto: Zuleika de Souza/CB/D.A. Press

Balão
» Atualmente eles estão proibidos pelo risco de queimadas na eventual queda em residências ou plantações. Coloridos e iluminados, eles enfeitam o local da festa, ao lado das bandeirinhas. Bem menores, e presos a um cordão, já não voam pelos céus, mas dão um toque especial ao mundo caipira.

Foto: Zuleika de Souza/CB/D.A. Press
Foto: Zuleika de Souza/CB/D.A. Press

Bandeirolas
» O arraial é decorado com palha de bananeira, luzinhas pisca-pisca, pequenos balões e as coloridíssimas bandeirolas. Todos participam da confecção das bandeirinhas, que são feitas com papel fino, páginas de revistas e até folhas de jornal. Elas entremeiam as flâmulas com as figuras dos santos homenageados.

Foto: Mac Donald Almeida/CB/D.A. Press
Foto: Mac Donald Almeida/CB/D.A. Press

Milho verde
» Recém-colhido, produto da temporada, pode ser preparado de várias formas. Na fogueira, ele é assado. Pode ser cozido, ralado e preparado como pamonha, curau, pode ser usado em forma de farinha para fazer cuscuz e cozido no leite, como uma sopa, o famoso mungunzá, que tem um leve gostinho de cravo da Índia. O milho é o paladar do período junino.

Foto: Juliana Alvarenga/CB/D.A. Press
Foto: Juliana Alvarenga/CB/D.A. Press

Quadrilha
» A zabumba, o triângulo e a sanfona dão o ritmo da dança mais tradicional do período junino. Na quadrilha, casais de matutos simulam um passeio à roça, vestidos a caráter, e participam de diversas fases, desde a apresentação ao grande baile, com muitas atividades durante o passeio. Em alguns locais, faz parte da tradição a simulação de um casamento, seguido da festa.

Foto: Mayara Barros/CB/D.A. Press
Foto: Mayara Barros/CB/D.A. Press

Pau de sebo
» Além das diversas brincadeiras como as simpatias para ganhar proteção, conseguir marido, dinheiro e felicidade, os participantes das festas são atraídos pelo prêmio - geralmente em dinheiro - que fica no alto de um mastro. Feito em madeira, e com altura suficiente para desestimular os mais afoitos, o pau de sebo é encerado de forma a ficar totalmente escorregadio. A proeza é conseguir subir sem ajuda de equipamentos e conseguir pegar o troféu, no alto do mastro. É divertido tentar ou observar.

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