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GRIPE AVIÁRIA

OMS confirma primeira morte humana pela gripe aviária H5N2

Primeiro caso conhecido de infecção humana por esse tipo de gripe aviária foi registrado no México
Por: AFP

Publicado em: 06/06/2024 17:35 | Atualizado em: 06/06/2024 17:37

Em março, foi detectado um foco epidemiológico de gripe aviária do tipo H5N2 em uma granja avícola no estado de Michoacán, limítrofe com o Estado do México (foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
Em março, foi detectado um foco epidemiológico de gripe aviária do tipo H5N2 em uma granja avícola no estado de Michoacán, limítrofe com o Estado do México (foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) indicou, nesta quinta-feira (06), que espera ter em breve os dados completos do sequenciamento genético do vírus H5N2, após a confirmação da morte de uma pessoa no México no primeiro caso conhecido de infecção humana por esse tipo de gripe aviária.

 

"Este é o primeiro caso humano confirmado em laboratório de infecção por um vírus da gripe A(H5N2) relatado no mundo, e a primeira infecção pelo vírus aviário H5 registrada em uma pessoa no México", declarou a agência de saúde da ONU em um comunicado em seu site.

 

As autoridades mexicanas haviam informado em 23 de maio à OMS sobre um caso confirmado de infecção pela gripe aviária H5N2 em uma pessoa de 59 anos, que havia sido hospitalizada na Cidade do México em abril, sem antecedentes de exposição à criação de aves.

 

O paciente apresentava "múltiplas patologias subjacentes" e, em 17 de abril, desenvolveu febre, problemas respiratórios, diarreia e náuseas, antes de falecer em 24 de abril, disse a OMS.

 

Em outro comunicado, o governo mexicano afirmou que se tratava de "um homem de 59 anos, com histórico de doença renal crônica, diabetes tipo 2, hipertensão arterial sistêmica de longa data, residente no Estado do México".

 

A agência da ONU disse que a origem da infecção é "atualmente desconhecida".

 

Em um seminário online sobre a gripe aviária organizado pela OMS nesta quinta-feira, os especialistas da OMS destacaram que ainda é muito cedo para se pronunciar sobre o risco do vírus e se ele pode provocar uma epidemia.

 

Aspen Hammond, médica da OMS, explicou que primeiro é necessário conhecer as características do vírus e dispor "dos dados completos de seu sequenciamento genético", e que este processo deve estar pronto "em breve".

 

"Até agora, há apenas um caso em humanos e não foram detectados mais casos em seu entorno. Os vírus H5N2 têm sido detectados há algum tempo em aves", acrescentou.

 

 

"Não existe risco de contágio"

 

A organização apontou que, em março, foi detectado um foco epidemiológico de gripe aviária do tipo H5N2 em uma granja avícola no estado de Michoacán, limítrofe com o Estado do México.

 

Também foram identificados outros casos em aves de criação em março em Texcoco e em abril em Temascalapa, ambos municípios no Estado do México.

 

"Até agora, não foi possível estabelecer" se a infecção humana detectada está relacionada com esses casos em aves de criação, disse a OMS.

 

Com base nas informações disponíveis, a organização estima que o risco atual que esse vírus representa para a população é "baixo".

 

Na mesma linha, a Secretaria de Saúde do governo mexicano afirmou que "não existe risco de contágio para a população" e assegurou que "todas as amostras dos contatos identificados [do paciente] resultaram negativas".

 

Também informou que as autoridades estão monitorando as granjas próximas à residência da vítima e estabeleceram um sistema de monitoramento permanente para detectar outros casos na fauna silvestre da região.

 

Nos Estados Unidos, também foi registrado um foco de gripe aviária, mas do tipo H5N1, que se propaga há várias semanas no gado.

 

Vários casos foram detectados em humanos, mas ainda não houve nenhum contágio de pessoa para pessoa.

 

Ainda não existe uma vacina específica. Porém, foram desenvolvidos alguns compostos em preparação, caso haja uma pandemia.

 

Em seu site, a OMS indica que assinou acordos com 15 fabricantes para ter acesso tempo real a cerca de 10% da produção futura de vacinas em caso de uma pandemia de gripe aviária.

 

As doses seriam distribuídas aos países em função do risco e das necessidades de saúde pública.

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