ELEIÇÕES
"Marília fez comigo pior do que o PT fez com ela", disse Luciano Duque na Alepe
Deputado afirmou que apoio da presidente do Solidariedade à Márcia Conrado em Serra Talhada é "violência política" contra ele
Por: Guilherme Anjos
Publicado em: 03/06/2024 18:17 | Atualizado em: 03/06/2024 18:23
Luciano Duque fez desabafo sobre rompimento com Marília Arraes na Alepe (Amáro Lima/Alepe) |
O deputado estadual Luciano Duque (Solidariedade) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para desabafar sobre o rompimento com a vice-presidente do Solidariedade no Nordeste, Marília Arraes, nesta segunda-feira (3). Para o parlamentar, a mudança na lealdade da ex-deputada é um exemplo de “violência política”.
“Neste final de semana, Marília declarou apoio a quem a humilhou. Não sei porque ela me negou a mão na primeira vez que pedi. Isso se chama violência política. Ela poderia ter dito ‘segue seu caminho’ e me dado anuência”, declarou Duque, se referindo à oficialização do apoio da dirigente à Márcia Conrado (PT) em sua campanha de reeleição em Serra Talhada, negando a ele o espaço na legenda para lançar sua candidatura.
O deputado já havia declarado interesse em disputar o pleito no município, onde foi prefeito por duas vezes entre 2013 e 2020, e apoiou a candidatura de Conrado quando deixou o cargo. No entanto, ambos romperam em 2022, quando Duque deixou o PT para subir nos palanques de Marília na corrida pelo Governo do Estado.
“Marília fez comigo pior do que o PT fez com ela”, complementou o parlamentar, lembrando de quando a ex-deputada deixou o Partido dos Trabalhadores para lançar sua candidatura ao Governo do Estado pelo Solidariedade em 2022, quando os petistas lhe negaram espaço para apoiar Danilo Cabral (PSB). O mesmo aconteceu em 2018, quando o PT optou por apoiar a reeleição de Paulo Câmara (PSB), levando Marília a se lançar candidata a deputada federal.
Segundo a vice-presidente do Solidariedade, que faz forte oposição à governadora Raquel Lyra (PSDB), a divergência com Duque é motivada por seu apoio ao Governo do Estado na Alepe. No entanto, a tucana também apoia a candidatura de Conrado.
Desde a última semana Duque já sinalizava que seu grupo político lançaria um candidato próprio em Serra Talhada, e a proposição foi reafirmada na Alepe. Especula-se que o nome emplacado será o de seu filho, Miguel Duque (Podemos). “Nossa aliança é por saúde, emprego, desenvolvimento, com o povo altivo de Serra Talhada”, discursou.
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