Presidência

Organização estima 80 mil participantes em ato pró-Bolsonaro no Recife

Publicado em: 26/05/2019 19:40 | Atualizado em: 26/05/2019 19:48

Crédito: DP Foto

Faixas a favor da reforma da previdência e do "pacote anticrime". Bandeiras de Pernambuco, do Brasil, dos Estados Unidos e de Israel. Munidas de símbolos da vitrine da presidência nos últimos cinco meses, milhares de pessoas foram à Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, neste domingo (26), para apoiar o governo do presidente Jair Bolsonaro e as pautas encabeçadas pelo executivo nacional. Em Pernambuco, quatro instituições organizaram a manifestação. De acordo com a organização, o protesto teria levado 80 mil pessoas à orla.

A manifestação teve início por volta das 14h, nas imediações da Padaria Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Com seis trios elétricos, dois carros de apoio e um veículo onde estava sendo realizada uma performance, o grupo percorreu a avenida até as imediações do Segundo Jardim. “Nesses cinco meses, o país está sendo governado por decreto. As reformas precisam ser aprovadas e o governo não aprova. Essa manifestação não é só para o presidente Bolsonaro, mas para todo o país”, explicou um dos organizadores, Wilker Cavalcanti, presidente do Liberta Pernambuco.

Questionado sobre as articulações para aprovação dos projetos e também sobre os rachas dentro do PSL, o organizador disse que isso faz parte do processo democrático e segue o que Bolsonaro pregou durante a campanha. “O poder emana do povo e nós estamos aqui na rua por isso. Ele falou que não iria fazer articulações de toma lá, dá cá. É uma promessa de campanha que está sendo cumprida. Então nos concordamos com ele. Sobre a falta de apoio de alguns políticos ao movimento, isso faz parte do processo democrático. Estávamos acostumados com PT, PSDB e MDB brigando nos bastidores, mas amigos no público. É bom que a gente mostra a discordância, o contraditório. Uma opinião só no meio de milhares é ditadura”, disse Wilker Cavalcanti.

Uma das principais reivindicações dos manifestantes é a aprovação da reforma da previdência. “Se a reforma for aprovada, o governo poderá dar prosseguimento a outras ações. O problema é que as pessoas não estão comprometidas com o nosso país, elas pensam e legislam pelo individual e não pelo coletivo”, disse o funcionário público Anderson Marinho, 38 anos, que estava vestindo uma máscara do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Acredito que a reforma vai beneficiar o mais pobre, pois vai igualar o teto para todo mundo, inclusive para políticos”, defendeu o comerciante Marco Chacon, 57.

Exaltando o presidente estadunidense, o deputado estadual Marco Aurélio (PRTB), aliado do presidente Bolsonaro, estava vestido com um boné “Trump 2020”. O parlamentar afirmou ter doado R$ 3 mil para a mobilização desse domingo. Outras duas das figuras exaltadas na manifestação foram os ministros Paulo Guedes e Sérgio Moro. Por várias vezes, os participantes gritaram junto a um dos trios elétricos mensagens como “Paulo guedes, vocês não está só”. Também teve hino nacional cantado em conjunto e palavras religiosas.

O percurso de 1,5 km foi percorrido em cerca de duas horas pelos participantes. EM determinado momento, os manifestantes gritaram frases como “Lula está preso, babaca”. A imprensa também não foi esquecida pelos organizadores de um dos trios, que ressaltou a mídia como local de manipulação de informações, sob os aplausos dos apoiadores de Bolsonaro, várias vezes ao longo do trajeto. Em todo o Brasil, a manifestação ocorreu em 133 cidades de 22 estados. 
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