PSL

Partido de Bolsonaro propõe criar frente de 11 parlamentares para discutir Norte e Nordeste

Luciano Bivar negou que decisão fosse uma forma de enfraquecer a proposta de Danilo Cabral para criar uma Frente Parlamentar em defesa do Nordeste

Publicado em: 24/01/2019 06:00 | Atualizado em: 24/01/2019 08:11

Foto divulgação: assessoria de Bolsonaro

Presidente nacional do PSL, o deputado federal Luciano Bivar disse, ontem, ao Diario de Pernambuco, que o partido decidiu criar uma bancada regional para concentrar as reivindicações das regiões Norte e Nordeste do país. O grupo é formado por 11 deputados federais e será liderado, de maneira informal, pelo Delegado Pablo Oliva (PSL), eleito pelo Amazonas com mais de 150 mil votos, na onda bolsonarista que atingiu àquela região. Bivar, no entanto, disse que o bloco “não tem grande importância”. Ele negou que a decisão tivesse sido uma forma de dividir os holofotes com a Frente Parlamentar em Defesa do Nordeste, que será proposta pelo deputado federal Danilo Cabral (PSB) a partir de fevereiro. Bivar não deu detalhes de como esse bloco vai funcionar. “O grupo é para diversificar. Não tem nada a ver isso com Danilo”, declarou, sem dar maiores informações.


Segundo o deputado Danilo Cabral, a decisão do PSL só reforça a ideia de frente que ele propôs para ser formada no próximo mês, quando começa a nova legislatura. “Acho que a iniciativa ratifica as manifestações que fizemos anteriormente, da necessidade de se estabelecer um ambiente de diálogo dentro do governo Bolsonaro em relação à questão do Nordeste e, nesse caso, do Norte e Nordeste, visto que nenhuma das duas regiões tem representação no Executivo (no primeiro escalão). O fato de a iniciativa ter saído do partido do presidente consolida essa nossa leitura: precisamos organizar o ambiente de diálogo e a base política”, declarou.

Danilo Cabral acrescentou, no entanto, que a Frente Parlamentar tem uma amplitude maior, tendo um papel atribuído pelo regimento da Câmara. Já esse grupo do PSL, idealizado para discutir duas regiões, é formado apenas por um pequeno núcleo integrante da própria legenda, ainda sem um papel claro e definido. 

O deputado federal Danilo Cabral também reforçou a nota assinada pelo líder da bancada federal do PSB, Tadeu Alencar, de que o partido não vai apoiar o nome de Rodrigo Maia. O parlamentar informou ao Diario que, no próximo dia 29 de janeiro, sai a decisão do partido sobre dois pontos: o nome que a sigla vai apoiar na disputa para a Presidência da Câmara e o bloco do qual participará. No momento, articula-se em dois lados. Quer apostar num nome alternativo a Rodrigo Maia, porém, ao mesmo tempo, espera manter o bloco idealizado com o PDT e o PCdoB, legendas que votarão em Rodrigo Maia.
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