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Não há prazo para o fim de investigação sobre notícias falsas, diz diretor da PF

As ações foram propostas com base em reportagem que aponta Bolsonaro como beneficiário da atuação de empresas de disparo de mensagens em massa via WhatsApp

Por: AE

Publicado em: 22/10/2018 08:54

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
O diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Élzio Vicente da Silva, afirmou neste domingo (21) que não há um prazo estipulado para conclusão da investigação aberta no sábado (20) a respeito da suposta contratação de empresas para disseminar notícias falsas envolvendo as campanhas de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) à Presidência. 

Silva representou o diretor-geral da PF, Rogério Galloro, na entrevista coletiva conjunta com demais órgãos envolvidos nas eleições, na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além dele, estava presente o diretor de Inteligência Policial da corporação, Umberto Rodrigues.

"É imprevisível. Não se trata só de preservar a estratégia, mas seria temerário se falar em um prazo para determinar com clareza (o que houve)", afirmou Silva, ao ser questionado sobre o andamento do inquérito.

O caso tramitará sob sigilo na PF e foi aberto após solicitação da Procuradoria-Geral da República. No pedido, a PGR aponta a necessidade de investigar a "existência de eventual utilização de esquema profissional por parte das campanhas, com o propósito de propagar notícias falsas".

Questionado sobre se a polícia solicitaria as informações reunidas em investigação interna feita pelo WhatsApp, que levou o aplicativo a banir algumas contas na última semana, o delegado disse que não poderia responder devido ao sigilo da investigação mas ponderou que interessa à PF obter a maior quantidade de informações possíveis. 

Ações 

Neste domingo, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Jorge Mussi, decidiu instaurar mais duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) contra Bolsonaro e seu candidato a vice, Hamilton Mourão. As ações foram propostas pela Coligação Brasil Soberano (PDT/Avante) e pelo PDT com base em reportagem da Folha de S.Paulo que aponta que o candidato estaria se beneficiando da atuação de empresas de disparo de mensagens em massa via WhatsApp, contratadas por empresários que o apoiam.

Em uma das ações, a Coligação Brasil Soberano pede que Bolsonaro seja declarado inelegível para estas eleições e pelos próximos oito anos, com a declaração de nulidade de seus votos e convocação de novo pleito.
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