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TRE proíbe que Paulo Câmara associe Armando a Temer durante campanha

A decisão foi tomada durante sessão extraordinária nesta quarta

Publicado em: 12/09/2018 18:50 | Atualizado em: 12/09/2018 21:56

Fotos:Hesíodo Goés/Esp DP /Valter Campanato/Agência Brasil e Roberto Freire/SEI
O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) decidiu nesta quarta-feira (12), por maioria, que a campanha do governador Paulo Câmara (PSB) não poderá mais vincular a imagem do senador Armando Monteiro (PTB) a do presidente da República Michel Temer (MDB). Desde o início da eleição a Frente Popular tem feito a ligação entre o palanque da oposição e do emedebista divulgando repetidamente “A Turma do Temer” para se referir ao palanque do petebista que tem os deputados federais Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB) como candidatos ao Senado da Coligação Pernambuco Vai Mudar.

Na decisão, a Justiça eleitoral determina que a Frente Popular “Se abstenha de veicular novas imagens manifestamente inverídica de que o candidato Armando Monteiro estava apoiando ou sendo apoiado pelo governo Temer”, diz o texto da proclamação do resultado do TRE. A coligação de Armando mostrou a Justiça Eleitoral, por meio de matérias veiculadas nos meios de comunicação, que o petebista foi ministro da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que no processo de impeachment da petista Armando votou contra a saída dela do cargo e que não tinha nenhuma vinculação política com Temer.

Nesta quarta, os desembargadores eleitorais analisaram mandado de segurança impetrado pela coligação do governador contra a decisão da desembargadora eleitoral Karina Albuquerque. A magistrada havia determinado que a Frente Popular retirasse as peças divulgadas no guia eleitoral e nas redes sociais que usavam a expressão “Turma do Temer” para se referir a Armando e os demais integrantes de sua chapa.

De acordo com Walber Agra, advogado de Armando Monteiro, o TRE resgatou a verdade histórica. “Ao afirmar que Armando não é da Turma de Temer como tenta passar a coligação adversária”, disse.

Já Carlos Neves, advogado da Frente Popular, considerou que o resultado do TRE foi favorável ao grupo do governador. “O TRE deferiu positivamente para usarmos a expressão Turma do Temer liberando os vídeos que mostrando isso. A única ressalva é que não podemos colocar Armando como candidato oficial de Temer. A coligação adversária está tentando cercear a liberdade de expressão e esconder o palanque que é apoiado pelo presidente da República Michel Temer”, criticou.


Decisões
Na última quarta-feira (5), o desembargador  Vladimir Souza Carvalho permitiu que Paulo Câmara usasse o termo "Turma de Temer" ao se referir a campanha de adversários na disputa. Para a defesa do uso do termo, o  advogado Carlos Neves, da Frente Popular, teria dito que a expressão existe porque os dois candidatos ao senado (Mendonça Filho/DEM e Bruno Araújo/PSDB) foram ministros do governo Temer.

No mesmo dia, o petebista Armando Monteiro teria conseguido, antes da decisão do desembargador, que fosse retirada as peças que usavam o termo, tanto na publicidade de rádio e TV, quanto nas redes sociais que utilizassem a expressão. 

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