Eleições 2018

PT e PSDB podem formar aliança contra Jair Bolsonaro no segundo turno

Em campanha no DF, Alckmin assinou compromisso com a primeira infância. Em São Paulo, Haddad acenou para um alinhamento com Ciro, que bateu de novo no petista. Já Marina Silva prometeu a sergipanos investir em energia limpa

Publicado em: 18/09/2018 07:40 | Atualizado em: 18/09/2018 07:44

Numa creche na Cidade Estrutural, Alckmin perdeu o equilíbrio e caiu de joelhos, mas ninguém se machucou
(foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo )

A reação do candidato à Presidência Geraldo Alckmin, do PSDB, às declarações do oponente Jair Bolsonaro, e os acenos de Fernando Haddad, do PT, a Ciro Gomes, do PDT, deram o tom dos discursos, ontem, na campanha na rua. Com a permanência do candidato do PSL em unidade de terapia semi-intensiva do Hospital Albert Einstein, o vice da chapa, general Hamilton Mourão (PRTB), assumiu compromissos de agenda em um sindicato de São Paulo (veja matéria ao lado).

Alckmin esteve no DF. Na sede do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), ele assinou termos de compromisso com a primeira infância e prometeu vagas de pré-escola para todas as crianças de 4 e 5 anos. O tucano concedeu entrevista para jornalistas da imprensa internacional e almoçou com embaixadores de países parceiros do Brasil, com os quais se comprometeu a ampliar acordos internacionais na área de comércio exterior. Ele também visitou uma cooperativa de reciclagem na Cidade Estrutural e uma creche. No local, pegou um menino no colo, se desequilibrou e caiu de joelhos. O candidato não deixou a criança cair, e ninguém se machucou.

Como tem sido comum, Alckmin direcionou várias críticas a Bolsonaro, mas, ontem, o ex-governador de São Paulo atacou principalmente a desconfiança do militar em relação à possibilidade de haver fraude nas eleições para benefício do PT. “Por que ter fraude? Ele quer justificar a derrota antecipada? Eu disputei 10 eleições. Ganhei, perdi. Não teve fraude nenhuma”, reprovou. “Aliás, o Brasil é um exemplo no mundo de avanço tecnológico, de avanço eleitoral, que tem até uma Justiça eleitoral"

Em São Paulo, o candidato do PT, Fernando Haddad, participou de uma sabatina, promovida por Folha de S.Paulo, UOL e SBT. O petista acenou com a possibilidade de alinhamento com Ciro Gomes no segundo turno. “Continuarei lutando para estarmos juntos. Será possível no segundo turno e, mais ainda, no governo”, sustentou. Mais cedo, em entrevista a uma rádio, o pedetista novamente afirmou que a vaga de vice na chapa petista foi oferecida a ele, mas que recusou. “O país não pode ter um presidente por procuração”, disparou, em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Questionado sobre a influência de Lula em um futuro governo, Haddad chamou o ex-presidente de “interlocutor permanente”. E afirmou: “O presidente da República é que assina a lei. Jamais dispensaria a experiência do presidente Lula”.

Marina Silva, da Rede, esteve em Sergipe. A ex-senadora exaltou a capacidade produtiva do Nordeste e prometeu “investir R$ 50 bilhões em energia limpa, com capacidade de geração de 2 milhões de empregos”. Ela criticou as gestões da ex-presidente Dilma Rousseff e do presidente Michel Temer e a candidatura “olho por olho, dente por dente” de Bolsonaro.
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