Sabatina

'No nosso governo, teremos obsessão pelo crescimento sustentável', afirma Rands

Para o candidato, é necessário recuperar o protagonismo do estado no âmbito nacional, além de melhorar o diálogo com a iniciativa privada

Publicado em: 13/09/2018 15:22

Foto: Divulgação
Dando prosseguimento à série de entrevistas com os postulantes ao Governo de Pernambuco, a Rádio Olinda recebeu Maurício Rands (PROS), na manhã desta quinta-feira (13), para uma conversa no programa Nossa Manhã. A entrevista fez um giro entre temas importantes para o estado, e também por discussões a nível nacional - como o apoio de Rands à chapa de Ciro Gomes (PDT).

O candidato do PROS iniciou sua participação criticando as grandes coligações (da Frente Popular de Pernambuco, liderada pelo PSB e a Pernambuco Vai Mudar, do senador Armando Monteiro) que estão na disputa pelo governo estadual e que, segundo ele, apesar de buscarem o espólio eleitoral de Lula, não possuem identidade com os valores do ex-presidente. Para ele, o petista "fez muita coisa boa por Pernambuco, mas Lula não é Deus nem Satanás". 

Rands, que já foi deputado federal pelo PT, criticou o rumo que o partido tomou nos últimos anos. As críticas foram desde a escolha de Dilma Rousseff como sucessora de Lula à nomeação de Fernando Haddad como substituto de Lula na corrida presidencial. Para o candidato ao governo do estado, Haddad seria um poste do ex-presidente, assim como Dilma, que "nunca tinha disputado eleição nem para síndico de prédio". Ele também criticou a escolha de Michel Temer (MDB) como vice na chapa eleita em 2014.Nos últimos dias, Rands vem buscando associar sua imagem à candidatura de Ciro Gomes, que, na opinião dele, é o candidato mais preparado para governar o Brasil. O postulante também prometeu trazer a Pernambuco o programa Nome Limpo, idealizado pelo candidato do PDT à Presidência da República, que, segundo Rands, estimularia o mercado e aqueceria a economia.

O candidato do PROS, que sempre faz questão de lembrar da sua trajetória na política e na iniciativa privada, disse que, se eleito, teria um bom trânsito em Brasília na busca de investimentos e recursos para o estado, além de dialogar com qualquer presidente que fosse eleito. Apesar disso, expõs preocupação com uma possível vitória de Jair Bolsonaro (PSL). "O flerte com Bolsonaro é um perigo para a democracia", afirmou.

"No governo Maurício Rands, teremos obsessão pelo crescimento sustentável", disse quando perguntado sobre as propostas para a economia pernambucana. Para ele, é necessário recuperar o protagonismo do estado no âmbito nacional ("restaurar a força política e a capacidade de articulação"), além de melhorar o diálogo com a iniciativa privada. 

O postulante também reprovou o transporte público do estado e a forma como este é gerido, assegurando que, saindo vencedor do pleito desse ano, aumentaria o subsídio ao transporte público e criaria um bilhete único para os passageiros, além de prometer ar-condicionado em todos os ônibus da Região Metropolitana do Recife. Os veículos do Estado, de acordo com Rands, também seriam utilizados pelos servidores em sua possível gestão, de maneira que aliviria os cofres públicos - muitas vezes utilizados para pagar automóveis e combustíveis para servidores.

No último questionamento feito ao candidato, ele foi indagado sobre o aborto e sua possível legalização. A pergunta foi feita pelo fato da rádio ser vinculada à arquidiocese de Olinda e Recife e a Igreja Católica negar a possibilidade da interrupção da gravidez, vista como uma afronta à vida, existente desde a concepção. Rands disse ser favorável à legalização do aborto, afirmando que "o Estado (laico) deve prover esse direito" e que, embora seja cristão, este "não é um tema dos católicos, é um tema de saúde pública".
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