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Em campanha na Rocinha, Haddad promete uma reforma tributária para reduzir impostos sobre os pobres

O candidato soma 13% das intenções de voto divulgados na sexta-feira, na última pesquisa Datafolha

Por: AFP

Publicado em: 15/09/2018 09:21 | Atualizado em: 15/09/2018 09:44

Haddad e Manuela visitaram a Rocinha, reforçando o discurso de retomada do PAC (MAURO PIMENTEL / AFP)
Haddad e Manuela visitaram a Rocinha, reforçando o discurso de retomada do PAC (MAURO PIMENTEL / AFP)

O candidato do Partido dos Trabalhadores à presidência, Fernando Haddad, prometeu nesta sexta-feira, na Rocinha, retomar as obras de integração urbana, como resposta ao desemprego e à violência que atingem as comunidades carentes do país.

"No Brasil há muitas obras paradas. A retomada destas obras vai melhorar a qualidade de vida porque gerará empregos de imediato para a juventude, que está sem opções", disse Haddad ao visitar a Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, ao citar os projetos abandonados após os Jogos Olímpicos de 2016.

Haddad propôs retomar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado em 2007 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu mentor político e atualmente preso por corrupção e lavagem de dinheiro.

O PAC previa milhões em investimentos para urbanização e saneamento básico em comunidades carentes de treze estados.

Durante sua caminhada pela Rocinha, palco no ano passado de violentos confrontos entre narcotraficantes e policiais, Haddad também prometeu reforçar a presença da Polícia Federal para apoiar as forças de segurança no estado do Rio. 

"Com isto vamos ajudar os estados a cumprir metas de redução da violência", declarou Haddad na comunidade de 70 mil habitantes, que se estende por bairros nobres do Rio.

A explosiva situação do Rio, estado à beira da falência, levou o presidente Michel Temer a entregar aos militares a direção das operações de segurança.

Acompanhado por sua candidata à vice-presidente, Manuela D'Ávila, e por outros políticos do PT, Haddad anunciou ainda uma reforma tributária dirigida a reduzir impostos sobre os mais pobres e estimular o consumo. 

Ex-prefeito de São Paulo, de 55 anos, Haddad afirmou que "cada linha" do seu "programa de governo" recebeu o aval do próprio presidente (Lula). "Temos um projeto".

Mas alguns eleitores ainda duvidam. "Se fosse Lula, eu ficaria completamente segura (em votar), mas com Haddad ainda não sei", disse à AFP Diane Ildefonso, ambulante de 27 anos e moradora da Rocinha. 

Haddad tem 13% das intenções de voto na última pesquisa Datafolha, divulgada nesta sexta-feira, após crescer quatro pontos e empatar com Ciro Gomes na segunda posição. Jair Bolsonaro lidera com 26%.

Na noite desta sexta-feira, Haddad participou de um ato de campanha no centro do Rio de Janeiro ao lado da candidata do PT ao governo estadual, Marcia Tiburi.

"Há 72 horas nossa candidatura foi oficializada, mas não são apenas Haddad e Manuela D'Ávila, são 40 anos de um projeto", disse Haddad para centenas de pessoas que gritavam "Lula livre!".

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