Eleições 2018
Adversários cancelam agenda de campanha em respeito a Bolsonaro
Candidatos à Presidência, Alckmin, Marina, Ciro e Boulos cancelam agenda depois do atentado e cobram punição
Por: Estado de Minas
Publicado em: 07/09/2018 11:15 | Atualizado em: 07/09/2018 11:21
Foto: Reprodução/Whatsapp (Foto: Reprodução/Whatsapp) |
Marina Silva (Rede), repudiou o ataque e classificou o ocorrido como inadmissível. “Um duplo atentado: contra sua integridade física e contra a democracia”, disse. A candidata não tinha divulgado a agenda, mas estaria em São Paulo. Alckmin escreveu que qualquer ato de violência é deplorável e cobrou uma investigação rápida com punição “exemplar”. “Política se faz com diálogo e convencimento, jamais com ódio”, disse. Para ele, estava prevista uma visita em um projeto social e uma coletiva de imprensa.
Guilherme Boulos (PSOL), também suspendeu todas as atividades previstas para ontem e disse repudiar “toda e qualquer ação de ódio” e cobrou investigação sobre o ocorrido. A agenda do candidato não tinha sido divulgada.
Além de cancelar a agenda, os candidatos cobraram punição ao responsável pelo atentando, Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos. Poucas horas depois de o parlamentar ser levado para o hospital, os presidenciáveis divulgaram notas em suas redes sociais condenando o uso de violência e da intolerância na política. O presidente Michel Temer (MDB) e lideranças políticas dos principais partidos políticos também condenaram o ataque e defenderam o diálogo nos embates políticos.
Pelo Twitter, o candidato do PDT ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes, classificou o ataque como uma “barbárie” e cobrou das autoridades punição para o agressor. “Acabo de ser informado em Caruaru, onde estou, que o deputado Jair Bolsonaro sofreu um ferimento a faca. Repudio a violência como linguagem política, solidarizo-me com meu opositor e exijo que as autoridades identifiquem e punam o ou os responsáveis por esta barbárie”, afirmou Ciro.
Um dos candidatos que mais têm confrontado Bolsonaro, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu o diálogo como melhor forma de se fazer política e desejou melhoras para o adversário. “Política se faz com diálogo e convencimento, jamais com ódio. Qualquer ato de violência é deplorável. Esperamos que a investigação sobre o ataque ao deputado Jair Bolsonaro seja rápida, e a punição, exemplar”, escreveu o tucano no Twitter.
O candidato do PSOL, Guilherme Boulos, ressaltou que a violência não se justifica e criticou a disseminação do ódio na política. “Soube agora do que ocorreu com Bolsonaro em Minas. A violência não se justifica, não pode tomar o lugar do debate político. Repudiamos toda e qualquer ação de ódio e cobramos investigação sobre o fato”, afirmou Boulos.
Marina Silva, da Rede, lembrou o momento difícil pelo qual o país atravessa e considerou o atentado inadmissível. “Neste momento difícil que atravessa nosso país, é preciso zelar com rigor pela defesa da vida humana e pela defesa da vida democrática e institucional do nosso país. Esse atentado deve ser investigado e punido com todo rigor”, disse Marina. O candidato a vice-presidente do PT, Fernando Haddad, classificou o incidente como “lastimável” e “absurdo”. “Nós, democratas, temos que garantir o processo tranquilo e pacífico e reforçar o papel das instituições”, disse Haddad.
Para João Amoêdo, do Novo, o acontecimento foi um episódio lamentável na campanha eleitoral. “Independentemente de divergências políticas, não é possível aceitar nenhum ato de violência. Que o agressor sofra as devidas punições. Meus votos de melhoras para o candidato”, disse Amoêdo.
Temer e Dilma
O presidente Michel Temer avaliou como “lamentável pela democracia” a violência sofrida pelo candidato do PSL. O emedebista afirmou que o país não pode admitir gestos de intolerância política. “É lamentável para nossa democracia. Que sirva de exemplo. Se Deus quiser, o candidato Jair Bolsonaro passará bem e não ocorrerá algo mais grave”, disse Temer.
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) lamentou a agressão e disse que “quando se planta ódio você colhe tempestade”. Após visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, a petista se disse preocupada com o clima de ódio que se disseminou pelo país nos últimos anos e afirmou que esta eleição deve ser uma oportunidade para o Brasil voltar a priorizar o diálogo.“O Brasil é um país que não gosta do ódio. Nós temos que recompor nossa capacidade de diálogo. O ódio, quando se planta, você colhe tempestade. Foi assim em qualquer lugar do mundo. Quando se radicaliza, se incentiva a perseguição. Lamento muito que essas coisas tenham acontecido”, afirmou Dilma.
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