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Um flerte aos eleitores órfãos de Marília Arraes

Rands se coloca como alternativa às chapas em disputa para assim conquistar a simpatia do eleitorado

Publicado em: 09/08/2018 10:17 | Atualizado em: 09/08/2018 10:20

Foto: Gabriel Melo/DP (Foto: Gabriel Melo/DP)
Foto: Gabriel Melo/DP (Foto: Gabriel Melo/DP)
O candidato ao governo do estado pelo PROS, Maurício Rands, disse, nessa quarta, ter a intenção de dialogar e conquistar o eleitor que votaria em Marília Arraes (PT), retirada da disputa ao Palácio das Princesas no último sábado pela cúpula partidária. Segundo Rands, mesmo que a petista não declare oficialmente apoio a uma candidatura, o eleitor de Marília quer mudança e vai enxergar seu nome como uma alternativa. Rands lembrou que foi filiado ao PT até 2012 e renunciou ao mandato de deputado federal após ter a pré-candidatura a prefeito do Recife rifada pela direção nacional do partido. “A gente vai conversar com esse eleitorado (…) Quero falar de Pernambuco, do futuro, da construção da nova política”, afirmou. 

Rands visitou as redações de jornais para apresentar suas propostas. Estava ao lado da candidata a vice, Isabella de Roldão (PDT), e de Lídia Brunes (MTST), uma das postulantes ao Senado de sua chapa. Lídia também já foi filiada ao PT, pertencia à tendência Articulação de Esquerda, e saiu da legenda petista por discordar de seus rumos.

Ainda segundo Rands, o fato de ele ter renunciado ao cargo de deputado, em 2012, mostra que ele nunca esteve disposto ao “vale-tudo” da política. Embora ele tenha sido criticado internamente no PT pela decisão, as pessoas sabem o que ele passou. “Eu não queria chegar à Câmara e dizer: não concordo com o autoritarismo, não concordo com a degeneração da política. Eu queria passar uma mensagem, um testemunho prático, sobretudo à juventude, que não aceito o vale-tudo da política, o significado do gesto foi esse. E eu recebi uma compreensão muito maior do que eu imaginava”.

Com cerca de 1 minuto e 40 segundos no guia eleitoral, Rands disse que volta à política por acreditar na renovação. “Estou voltando por isso. O Brasil precisa de uma reconstrução. Vamos fazer uma campanha bonita, falando a verdade, falando diretamente com as pessoas”, destacou. 

Ele lembrou que só deixou a Organização dos Estados Americanos (OEA), onde estava trabalhando, porque percebeu que só a política muda a realidade das pessoas, e todos querem iniciar a mudança pela sua terra natal. “O melhor lugar do mundo é a nossa terra, a gente pode achar os outros lugares bonitos, mas a terra da gente...(não tem igual) Quando eu vi as composições (de alianças), eu percebi que isso não é o que o povo pernambucano quer. Pernambuco não está legal, o pernambucano está triste, está cabisbaixo, tem muita gente querendo uma alternativa”, declarou, ressaltando o equilíbrio político de sua chapa: duas mulheres, dois homens. 

Rands foi indagado se estava preocupado com o fato de os seus adversários estarem na estrada há mais tempo – uma vez que ele anunciou a candidatura no último domingo. “Essa eleição não vai ser de estruturas, até porque as estruturas estão desgastadas. Vai ser a eleição do boca a boca, dos grupos de WhatsApp, dos posts, dos vídeos, dos áudios e do conteúdo. O conteúdo só tem credibilidade se a pessoa tiver uma história”, pontuou. 

O ex-deputado prometeu, ainda, que vai cortar cerca de 30% dos cargos comissionados, caso vença a disputa estadual, e reforçou que sua plataforma de governo tem três eixos: o desenvolvimento econômico estratégico, a inclusão social e a nova política.  “A gente vai pegar os três eixos e desdobrar as necessidades que todos os pernambucanos têm, de um Pernambuco saudável, um Pernambuco educado, um Pernambuco seguro”.
 
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