ELEIÇÕES 2018

Rands vai vestir a camisa de Ciro Gomes no estado

O apoio não será completo porque os candidatos ao Senado Silvio Costa (Avante) e Lídia Brunes (PROS) continuarão na defesa do candidato do Partido dos Trabalhadores

Publicado em: 28/08/2018 08:10

Rands anunciou a decisão em favor do pedetista. Foto: Nando Chiappetta/DP
O presidenciável Ciro Gomes (PDT) ganhou o apoio formal do candidato ao governo de Pernambuco Maurício Rands (PROS). O postulante anunciou ontem que parte da coligação O Pernambuco Que Você Quer vai defender – que já conta com o PDT na aliança através de Isabella de Roldão, candidata à vice-governadora - o nome do pedetista para o Palácio do Planalto. O apoio não será completo porque os candidatos ao Senado Silvio Costa (Avante) e Lídia Brunes (PROS) continuarão na defesa do candidato do Partido dos Trabalhadores, seja o ex-presidente Lula ou Fernando Haddad.

Em coletiva realizada na tarde de ontem, o postulante disse que a decisão foi tomada após avaliações políticas e diálogos com as forças que estão disputando o Planalto. “Fizemos essa avaliação por entender que (a candidatura de Ciro) é de esquerda. E nossa coligação é de esquerda”, disse Rands, acrescentando que há uma “afinidade de programas” entre os dois palanques e o apoio ao pedetista “preenche uma necessidade do eleitorado pernambucano”.

Rands voltou a criticar o uso da imagem do ex-presidente Lula pelos seus adversários, reiterando que o candidato pelo PT será Fernando Haddad. “Achamos que Lula não sendo candidato o postulante que vai mais ter viabilidade para avançar as políticas de esquerda, no Brasil, será Ciro Gomes”. 

Sobre o fato de o apoio não ser completo, Rands disse que respeita “profundamente as opções dos membros da coligação”, reforçando que ambas as candidaturas (PT e PDT) são de esquerda e houve consenso na construção do diálogo. “O que seria estranho é se tivesse, como há em outras grandes coligações de Pernambuco, posições que não têm nitidez, nem afinidade de valores ou ideológicas”. 

COMPREENSÃO
Apesar de o PROS nacionalmente estar na coligação do PT, o diálogo com a executiva nacional foi tranquilo, segundo Rands. “A direção nacional tem a compreensão de que cada realidade nos estados precisa ser considerada. Estamos com o sistema partidário brasileiro disfuncional. Certas realidades que são nacionais não se reproduzem nos estados. E numa demonstração de democracia e adaptação, a direção do PROS sabe que nos estados os candidatos dos partidos podem seguir os caminhos que acham mais adequados”. Uma agenda com Ciro Gomes deve ser marcada em breve, mas ainda não há data definida.
 
 
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