ELEIÇÕES 2018

Pesquisa Datafolha com cenários opostos para o PT

No quadro com Lula, o ex-presidente tem 20 pontos de vantagem sobre o segundo colocado. Sem ele, Haddad aparece apenas na 5ª posição com 4%.

Publicado em: 22/08/2018 01:49 | Atualizado em: 22/08/2018 03:21

O Datafolha publicou na madrugada desta quarta-feira (22) a sua primeira pesquisa para a disputa presidencial depois do registro das candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral. Assim como o Ibope, o instituto também apresentou dois cenários. O primeiro com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cuja candidatura está oficialmente registrada no TSE. Como Lula pode ter sua candidatura impugnada por ter sido condenado por corrupção pela segunda instância da Justiça do país, um segundo quadro foi apresentado aos entrevistados com o nome do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, como substituto na chapa do PT. E, assim como já havia sido diagnosticado no Ibope, o poder de transferência de intenções de votos de Lula para Haddad ainda é muito baixo.

No cenário 1, Lula lidera com ampla vantagem sobre o segundo colocado. O ex-presidente tem 39% contra 19% do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL). Bem abaixo aparecem três candidatos em condição de empate técnico: Marina Silva (Rede) tem 8%; Geraldo Alckmin (PSDB) tem 6% e Ciro Gomes (PDT), 5%. Álvaro Dias (Podemos) aparece logo na sequência com 3%. João Amoedo (Novo) soma 2%, enquanto quatro candidatos são listados com 1%: Henrique Meirelles (MDB), Guilherme Boulos (Psol), Cabo Daciolo (Patriota) e Vera (PSTU). Eymael (DC) e João Goulart Filho (PPL) não chegam nem a 1%.

Retirando o nome de Lula e incluindo o de Haddad, o cenário é de maior equilíbrio. A liderança passa para Jair Bolsonaro, com 22%. Maior beneficiada pela possível impugnação de Lula, Marina Silva dobra seu percentual e alcança 16% das intenções de voto. O mesmo acontece com Ciro Gomes que chega a 10%. Alckmin sobe para 9%. Só então o nome de Haddad aparece na lista, com os mesmos 4% de Álvaro Dias. As outras mudanças são o aumento de 1 ponto percentual para Henrique Meirelles (2%) e para João Goulart Filho (1%).

A pesquisa foi encomendada pelo jornal Folha de São Paulo e pela Rede Globo. Foram entrevistados 8.433 pessoas entre os dias 20 e 21 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
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