Alianças

Bolsonaro nega isolamento político e diz que sua campanha é alvo de 'censura'

"Eles sabem que estamos dando dor de cabeça. Buscam de toda forma nos tirar de combate", afirmou o pré-candidato

Publicado em: 24/07/2018 07:29 | Atualizado em: 24/07/2018 07:37

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O pré-candidato do PSL ao Planalto, Jair Bolsonaro, reclamou na tarde desta segunda-feira(23) as avaliações de que está politicamente isolado. Em palestra promovida pelo Clube da Aeronáutica, no Rio, ele acusou ainda plataformas de relacionamentos na internet de tentar “censurar” sua campanha. “Eles sabem que estamos dando dor de cabeça. Buscam de toda forma nos tirar de combate”, afirmou. “Sou imbroxável”, ressaltou, para risos da plateia. “Estou numa briga de poder.”

Bolsonaro disse que ainda espera a resposta da professora de direito Janaína Paschoal, filiada ao PSL. Sobre a decisão de Janaína de exigir tempo para avaliar o convite, ele disse que não quer “cordeirinho” e fez elogios à autora do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Citou ainda o senador Magno Malta (PR-ES) e o general Augusto Heleno Ribeiro, filiado ao PRP, que chegaram a ter seus nomes cogitados como candidatos a vice. “Eu não estou isolado. O Magno está comigo. O Heleno está comigo e a Janaína estará de qualquer maneira. Então, tenho três vices. Isso não é isolamento.”
Ao falar sobre política econômica, voltou a dizer que não entende da área e avaliou que os economistas, no entanto, sabem e “quebraram” o país. Aproveitou para atacar especialmente o pré-candidato do MDB. Ele disse que Henrique Meirelles, nos oito anos em que comandou o Banco Central, no governo Lula, foi “um dos responsáveis pela desgraça do Brasil, economicamente falando”.

Mais tempo
Janaína Paschoal reafirmou, também nesta segunda-feira (23), que precisa de mais tempo para decidir se aceita o convite para formalizar a parceria e disputar as eleições 2018. Janaína disse que discorda da frase de Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente José de Alencar e cotado como vice do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), de que um vice “não manda nada”. “Definitivamente, não concordo com Josué de Alencar quando diz que vice não manda nada e ajuda quando não atrapalha”, disse a jurista à reportagem. No domingo, ela participou da convenção nacional do PSL, que oficializou a candidatura de Bolsonaro à Presidência. 
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