ANÁLISE

Fim à condução coercitiva pode aumentar pedidos de prisão, diz delegado

Por 6 votos a 5, o Supremo decidiu vetar de vez a coercitiva, instrumento largamente utilizado na Operação Lava-Jato

Publicado em: 15/06/2018 17:19 | Atualizado em: 15/06/2018 17:21

Edvandir Paiva, presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal. Foto: Arthur Menescal/Esp. CB/D.A Press

O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Edvandir Paiva, prevê que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em proibir a condução coercitiva de investigados para interrogatório "pode refletir diretamente no aumento dos pedidos de prisão temporária".

Nesta quinta-feira (14/6), por 6 votos a 5, o Supremo decidiu vetar de vez a coercitiva, instrumento largamente utilizado na Operação Lava-Jato. "Tempos estranhos", reagiu o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, em sua conta no Twitter.

Edvandir Paiva avalia que "a condução coercitiva é um instrumento jurídico, menos gravoso, que foi adotado para impedir a destruição ou ocultação de provas e a combinação entre investigados, sobretudo no momento da deflagração de operações complexas. A decisão do STF estabelece um parâmetro que pode refletir diretamente no aumento dos pedidos de prisão temporária, como forma de evitar riscos à investigação criminal", prevê o delegado.
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