Segurança

Jungmann: divulgação de documentos da CIA não afetou o prestígio das Forças Armadas

Publicado em: 13/05/2018 09:46 | Atualizado em: 13/05/2018 10:42

Foto: / AFP / EVARISTO SA

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse nesta sexta-feira que a divulgação de documentos da CIA de 1974 não afeta o “prestígio” das Forças Armadas. Ex-ministro da Defesa, Jungmann disse que o governo ainda não teve acesso ao documento de forma oficial, mas afirmou que alguma medida deve ser tomada. “O governo não tem conhecimento desses documentos, não estamos desconsiderando (o documento da CIA), mas precisamos ter acesso de forma oficial. O prestígio das Forças Armadas permanece nos mesmos níveis. As Forças Armadas são um ativo democrático, isso não é tocado por uma reportagem”, afirmou.

A polêmica se deu diante da divulgação de um memorando escrito em abril de 1974 por William Colby, então diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos, no qual ele afirma que o ex-presidente Ernesto Geisel (1974-1979) decidiu manter a política de “execução sumária” de opositores do regime militar praticada pelos órgãos de segurança durante a presidência de Emílio Garrastazu Médici (1969-1974). 

Ex-ministro da Defesa, Jungmann foi evasivo, no entanto, quando questionado sobre quais ações efetivamente devem ser tomadas pelo governo brasileiro. “Não tivemos acesso a documentos oficiais. Não é minha área, não é decisão minha. Alguma medida deve ser tomada, mas não é da minha área. Não sou mais ministro da Defesa, quem deve tomar essa decisão são responsáveis pela área”, complementou.

As declarações foram dadas durante coletiva de imprensa, no Ministério da Justiça, para o lançamento da Operação Tiradentes II - uma força-tarefa de 24 horas de todas as forças militares estaduais para ações de segurança pública. Por conta disso, estava presente também o secretário Nacional de Segurança Pública, general Santos Cruz, que relacionou a divulgação às “eleições” e “interesses políticos”.
(Agência Estado) 
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