Eleições

300 delegados do PT vão opinar sobre candidatura própria no dia 10 de junho

O caminho que o PT de Pernambuco tomará nesta eleição %u2013 se candidatura própria para o governo do estado ou política de aliança com o PSB %u2013 estará nas mãos dos 300 delegados do partido eleitos no 6º Congresso Estatual

Publicado em: 19/05/2018 06:00 | Atualizado em: 18/05/2018 20:26

O caminho que o PT de Pernambuco tomará nesta eleição – se candidatura própria para o governo do estado ou política de aliança com o PSB – estará nas mãos dos 300 delegados do partido eleitos no 6º Congresso Estatual, no ano passado. O encontro acontecerá no dia 10 de junho e caberá a eles decidir, por meio do voto, o destino da legenda no estado. O primeiro ponto de pauta vai girar em torno da tática eleitoral. Por meio de interlocutores, o ex-presidente Lula (PT), preso em Curitiba, vem emitindo sinais de que mais viável para a legenda nesse momento é fechar aliança com o PSB, do governador Paulo Câmara.

Se prevalecer a opção de candidatura própria, o passo seguinte será a escolha do pré-candidato que encabeçará a chapa majoritária do PT. Além da vereadora Marília Arraes, estão no páreo o deputado estadual Odacy Amorim e o militante petista José de Oliveira. Caso a decisão seja por uma aliança com o PSB, a discussão acontecerá em torno do espaço que o partido terá na chapa majoritária e o reflexo disso na campanha presidencial.

Por enquanto nenhum petista arrisca dizer qual será tendência de votos dos delegados. Eles estão vinculados as mais diversas forças políticas do PT e da sociedade (juventude, negros, movimento LGBT, etc). Dentre as tendências, a Construindo um Novo Brasil (CNB), do senador Humberto Costa (PT), representa numericamente a maior força. “Estamos conversando. Acreditamos que vamos ter maioria para aprovar essa decisão (aliança). Agora, se houver uma posição nacional (aliança com o PSB), essa posição tem que ser levada em consideração”, comentou Humberto Costa.

Outras correntes também terão peso decisivo, a exemplo da Democracia Socialista (SD), representada pelo vice-presidente do PT estadual, Oscar Barreto; o Coletivo PT Militante, da deputada estadual Teresa Leitão; a Democracia Participativa, do ex-prefeito do Recife João da Costa. Há ainda o Avante 21, do ex-deputado federal Fernando Ferro, e O Trabalho, representado por Edmílson Menezes.

A presença dos delegados do PT no ato político que a vereadora Marília Arraes fará neste domingo, no Clube Internacional, servirá de termômetro para consolidação de sua pré-candidatura. Defensor da candidatura de Marília, o ex-vereador Múcio Magalhães argumenta que está na hora do partido sair do papel de coadjuvante. “O PT precisa ocupar esse espaço (ator principal). Se depender de nós vamos construir nosso próprio caminho. O PT é um partido que pode aglutinar uma série de forças partidárias e sociais para apresentar alternativas ao trabalhador”, destacou o petista.

O vice-presidente estadual do PT, Oscar Barreto, acredita que a melhor opção para a campanha presidencial de Lula é adotar alianças. “Quem decide tudo sobre eleição do PT são os delegados. Até o encontro haverá conversas e muitas reuniões estão sendo feitas. Tudo está associado com a Executiva Nacional do partido”, enfatizou.

De estilo conciliador, o presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro, afirmou que todos os argumentos usados pelos filiados são legítimos. “Até o encontro teremos uma série de atividades e debates. Ouviremos as lideranças do partido, candidatos, prefeitos, vereadores e faremos uma pesquisa com apoio do PT nacional sobre eleição no estado. A conjuntura mudou e tudo isso precisa ser avaliado”, ponderou. 
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