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Operação da PF investiga pagamento indevido em hidrelétrica de Belo Monte

Ao todo, são nove mandados de busca e apreensão, sendo cumpridos em Curitiba; Guarujá, Jundiaí e São Paulo

Publicado em: 09/03/2018 07:23 | Atualizado em: 09/03/2018 08:41

Segundo o Governo Federal, Belo Monte seria a segunda maior usina hidrelétrica do país. Foto: Internet/Reprodução (Foto: Internet/Reprodução)
Segundo o Governo Federal, Belo Monte seria a segunda maior usina hidrelétrica do país. Foto: Internet/Reprodução (Foto: Internet/Reprodução)

Deflagrada na manhã desta sexta-feira pela Polícia Federal, 49ª fase da Lava-Jato, denominada de operação Buona Fortuna, investiga pagamento indevido relacionados às obras da Usina de Belo Monte, no Pará. Ao todo, são nove mandados de busca e apreensão, sendo cumpridos em Curitiba; Guarujá, Jundiaí e São Paulo.Entre os alvos principais estão o ex-ministro Antônio Delfim Netto e o seu sobrinho, Luiz Apolônio Netto.

De acordo com a PF, as investigações realizadas previamente indicam que houve pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos e políticos por parte das empreiteiras diretamente interessadas dos contratos de contrução da usina. Os mandados judiciais cumpridos nesta manhã foram expedidos pelo Juízo Titular da 13ª Vara Federal de Curitiba.

Desde a construção da hidrelétrica, feita no curso do Rio Xingu, muitas críticas vêm ganhando força. A maior delas é à questão ambiental, que separa os argumentos entre a população da cidade e as tradicionais tribos indígenas. Segundo o Governo Federal, Belo Monte seria a segunda maior usina hidrelétrica do país, além de ganhar o posto de terceira maior do mundo, sendo 100% brasileira. 

Em agosto de 2016, em depoimento ao delegado da Polícia Federal Rodrigo Luís Sanfurgo de Carvalho, da Lava Jato, Delfim Netto, de 89 anos, afirmou que recebeu R$ 240 mil em espécie da Odebrecht em outubro de 2014 por "motivos pessoais, por pura conveniência", devido a um serviço de consultoria que ele teria prestado à empreiteira.

Ele declarou, na época, que "presta serviços" para a empreiteira há 20 anos, mas que esta consultoria específica, pela qual ganhou R$ 240 mil, foi feita sem contrato. Afirmou que não recebeu outros valores da empreiteira em circunstâncias similares.

O ex-ministro alegou, ainda, que "não tinha ideia" que o valor foi pago pelo setor da Odebrecht responsável pelo caixa 2 da empreiteira, conforme revelou a investigação da Lava Jato. O ex-ministro não detalhou qual foi o serviço de consultoria para a Odebrecht que justificou os R$ 240 mil. Ele afirmou, na ocasião, que o dinheiro já havia sido gasto e declarado em seu Imposto de Renda

Delfim foi o todo poderoso ministro da Fazenda do regime militar nos anos 1970. Ele ficou famoso como o ministro do "milagre econômico".

Veja quais mandados são cumpridos na 49ª fase da Lava-Jato

PARANÁ
Curitiba
4 Mandados de busca e apreensão
 
SÃO PAULO
Guarujá
1 Mandado de busca e apreensão
Jundiaí
1 Mandado de busca e apreensão
São Paulo
3 Mandados de busca e apreensão

(Com informações da AE)
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