Opinião

Wilson Barreto: Genomas homem e "bicho"

Wilson Barreto é diretor geral da Faculdade Esuda

Publicado em: 19/01/2018 07:39

É interessante observar a que ponto chega a vaidade dos humanos: quando foi descoberto que um animal dito “irracional” possui um número de genes próximo àquele que define os homens, achou-se um absurdo. Os genes informam sobre a própria criatura, e, sendo assim, nada é devido para mais ou para menos de conformidade com as características do ser. Uns voam, outros nadam submersos, outros não têm esqueleto, e assim seguem as diversidades.     
      
 Cada vida tem características que surgem de uma “receita”, que reúne os mesmos átomos de forma que o ser produzido defina as diversas espécies que existem no planeta Terra. Nada que existe no mundo é mais especial que os convivas que coabitam conosco. A inteligência pertence a todos, cada espécie com seu senso de ordem diferenciado leva a crítica dos que não pertencem aquela categoria. A organização das formigas, o sentimento dos elefantes, as estratégias dos leões e tantas outras características intrínsecas a cada ser nos reportam atributos subjetivos que acusam a existência da percepção extrassensorial. 

As informações inatas e o poder de construção (inteligência) se constituem como a base subjetiva dos seres vivos. As informações inatas são definidas pelo DNA e seus genes (genótipo), e o meio externo e as vivências inteligentes se juntam ao genótipo para definir o fenótipo de um indivíduo. O fenótipo individualiza cada ser que existe em quaisquer espécies. Normalmente, o nível intelectual é maior nos que possuem menor informação inata ou pré-natal. Os humanos, pela necessidade de constituir-se como os “mais inteligentes” terráqueos, assumem a menor escala do conhecimento pré-natal, com um índice 30%; o cachorro vem com 70% e a cobra com 95%. Esse fato leva a ser mais fácil domesticar um cachorro do que uma cobra. Educar o homem é superar toda a falta de informação inata que se constituirá o meio para sobrevivência.           

 A complexidade de cada indivíduo não termina no imaginário da subjetividade nem no objetivo corpo físico. Tudo conduz simplesmente para definir os genomas. A informação pré-natal gozada pelos animais, ditos irracionais, deve contribuir para acrescer o número de genomas encontrados nos “bichos”. (Para não decepcionar os seres humanos).
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