PMDB vai punir deputados que votarem a favor de denúncia contra Temer Decisão por unanimidade foi tomada após reunião da executiva do partido e já vale para a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara

Por: Correio Braziliense

Publicado em: 12/07/2017 12:30 Atualizado em:

Pelo Twitter, o presidente da legenda, senador Romero Jucá (PMDB-RR), confirmou a punição aos deputados que forem contra a decisão do partido. Foto: Reprodução/Twitter
Pelo Twitter, o presidente da legenda, senador Romero Jucá (PMDB-RR), confirmou a punição aos deputados que forem contra a decisão do partido. Foto: Reprodução/Twitter

reunião da executiva do partido, na manhã desta quarta-feira (12/7), os dirigentes do PMDB decidiram por unanimidade fechar questão contra a denúncia de corrupção apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente MIchel Temer. Pelo Twitter, o presidente da legenda, senador Romero Jucá (PMDB-RR), confirmou a informação. "Quem não cumprir a decisão será enquadrado pelo Conselho de Ética do partido e sofrerá punições", afirmou Jucá na postagem.
 
Jucá também afirmou que o líder do PMDB na Casa, deputado Baleia Rossi (SP), já tem a a prerrogativa de suspender as funções partidárias por 90 dias. "Aqueles que não atuarem em consonância com o partido responderão ao conselho de ética", escreveu Jucá.
Foto: Reprodução/Twitter
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Com isso, os deputados peemedebistas que votarem favoravelmente à possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) analisar a denúncia poderão sofrer punições por parte do PMDB, como advertência ou até mesmo expulsão. A decisão foi tomada após ouvir muitos parlamentares e terá validade já para a votação na Comissão de Constituição Justiça e Cidadania (CCJ), na Câmara, onde corre o processo.

Comissão na Câmara

Os deputados iniciaram, pouco depois das 11h de hoje, as discussões do parecer do relator da denúncia contra o presidente da República, Michel Temer, por corrupção passiva. O texto do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), lido na segunda-feira (10/7), recomenda a admissibilidade da investigação pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

Como os deputados fizeram pedido de vista, que é o tempo extra de análise de determinada matéria, o início da discussão foi adiado para hoje, depois de cumprido o prazo de realização de duas sessões do plenário. Por acordo, todos os 122 integrantes da comissão (suplentes e titulares) e mais 40 deputados não membros devem falar na CCJ, com isso a discussão pode durar até 40 horas.
 


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