Opinião Margot Meyer: Patapisseia Margot Meyer é artista plástica

Publicado em: 10/07/2017 07:26 Atualizado em:

Padre Patápio Pinheiro, pároco de Quipapá, perto de Patos, na Paraíba, perambulando em périplo pela Pastoral da Pobreza, programa promovido precipuamente para as populações periféricas, passando pela povoação de Panelas, parou para pernoite, em pequena pousada. Principiado o dia, as pessoas do povoado pediram-lhe que permanecesse ali por pequeno período de tempo, pregando à população. O padre prontamente concordou. Publicada tal notícia, a população de Panelas em peso precipitou-se para a praça, ponto principal do povoado, procurando postar-se em pontos privilegiados, para não perder a pregação que lhe seria propícia.

Padre Patápio Pinheiro, pregador prestigiado, piedoso e preparado, principiou sua prédica por preces de perdão profundo. Proferidas poucas palavras, a população prorrompeu em prantos, prostrando-se aos pés do presbítero, pedindo perdão pelos pecados. Prontificaram-se a cumprir plenamente as penitências, para pouparem-se às penas do Purgatório.

O pároco de Quipapá, prosseguindo a pregação, proferiu panegírico em prol do papa Pio I. A população, prorrompendo em palmas, prestou-lhe pomposo preito pirotécnico, posteriormente ao qual, o preclaro presbítero, precedendo palpitante e apoteótica procissão, partiu...




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