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CRISE Alckmin afirma que decisão sobre saída do PSDB do Governo Temer vai demorar semanas Governador de São Paulo diz não ver motivo para o PSDB participar do governo depois da votação da reforma trabalhista, prevista para a terça-feira

Por: Agência Estado

Publicado em: 09/07/2017 19:57 Atualizado em:

São Paulo - Na véspera de uma reunião que deverá reunir as principais lideranças tucanas para discutir o possível desembarque do PSDB da base aliada do governo do presidente Michel Temer (PMDB), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), indicou neste domingo que a decisão de seu partido sobre a permanência ou não na gestão do peemedebista é questão de semanas. 

Após assistir ao desfile cívico em homenagem aos combatentes da revolução constitucionalista de 1932, o governador reiterou o compromisso do partido com as reformas, mas adiantou que não vê motivo para o PSDB participar do governo depois da votação da reforma trabalhista, prevista para a terça-feira, no Senado, e após ficar claro se a reforma da Previdência vai prosperar ou não, o que, na sua previsão, deve ser conhecido em pouco tempo. Disse, ainda, que o partido deve aguardar a reforma política, que "também tem data". Na sua avaliação, os tucanos devem ajudar o Brasil, "mas sem precisar participar do governo". 

Questionado sobre se este é o momento certo para o PSDB sair da base aliada que dá sustentação ao governo Temer, Alckmin respondeu que por ele encerraria a aliança, mas ponderou que o partido tem responsabilidade com o País e que um eventual desembarque pode gerar tumulto num momento em que o governo federal já encontra dificuldades para aprovar a reforma trabalhista. "Eu encerraria. Vamos ter na terça-feira a decisão da questão trabalhista. É questão de semanas (para o PSDB tomar uma decisão). Olha que não fui favorável a entrar no governo, mas acho que nós deveremos encerrar esse período (das reformas). Depois disso, vejo que não há nenhuma razão para o PSDB participar do governo", acrescentou.

O governador de São Paulo voltou a defender que o compromisso de seu partido não deve ser com o governo e muito menos com cargos. "Aliás, lá atrás (desde que Temer assumiu o comando do País) já tinha defendido que nós deveríamos aprovar todas as medidas de interesse do Brasil, as reformas, sem participar com cargos no governo", frisou.

Alckmin não confirmou se está confirmada a reunião de emergência prevista para esta segunda-feira, em São Paulo, que deverá reunir as principais lideranças tucanas, como governadores e parlamentares. Adiantou, porém, que este encontro não deverá ser o que baterá o martelo sobre os rumos da aliança do partido com o governo Temer.



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