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Relatório Oposição defende aprovação urgente de PEC de eleições diretas Se os parlamentares conseguirem aprovar na CCJ, seria criada uma comissão para analisar o documento no mínimo em 10 sessões

Por: Correio Braziliense

Publicado em: 18/05/2017 13:02 Atualizado em: 18/05/2017 13:08

Alessandro Molon (REDE-RJ) acredita que o Congresso não tem condições de indicar um representante e que eleições diretas são necessárias. Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Alessandro Molon (REDE-RJ) acredita que o Congresso não tem condições de indicar um representante e que eleições diretas são necessárias. Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O deputado Miro Teixeira (Rede -RJ), disse nesta quinta-feira (18/5) que os parlamentares devem votar a PEC 2227 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) de forma urgente. O relatório de sua autoria determina a realização de eleições diretas até seis meses antes do final do mandato, caso a presidência fique vaga. Miro acredita que há um dano de difícil recuperação para a autoridade do presidente. O parlamentar avisa que se o presidente cair é preciso chamar o povo para escolher outro.

“Não há o que se falar em eleição indireta. Acredito que a PEC das diretas será votada pois isso é uma resposta a pressão popular. Vamos chamar o povo para decidir. Não tinhamos expectativa dessas operações da PF nesta manhã”, falou. Caso a chapa Dilma-Temer não seja cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o deputado acredita que o melhor seria a aprovação da PEC, por ser mais ampla.

Se os parlamentares conseguirem aprovar na CCJ, seria criada uma comissão para analisar o documento no mínimo em 10 sessões. Se passar, o texto precisaria de 308 votos favoráveis em dois turnos de votação. Depois seguiria para o Senado.

A criação da comissão especial cabe ao presidente da Casa, Rodrigo Maia, aliado ao governo de Michel Temer. Teixeira diz não acreditar que Maia se negaria a criar a PEC, se pressionado por congressistas e pelas ruas. No texto, o deputado defende que a PEC deve ser aprovada porque o Congresso vive uma “crise de representatividade”, o que prejudicaria a escolha do novo presidente.

Alessandro Molon (REDE-RJ), também acredita que o Congresso não tem condições de indicar um representante e que eleições diretas são necessárias. “Não há qualquer saída fora as eleições democráticas e diretas, seja pela cassação pelo TSE que é mais rápida, ou pela aprovação de uma PEC que pode autorizar eleições diretas. Se ele não renunciar nos vamos caçá-lo”, avisou.

O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) destacou que a posição do partido e pedir o afastamento imediato do presidente Temer. “Defendemos as diretas, a PEC do deputado Miro. E ou vota a pauta das diretas ou vamos obstruir tudo hoje. Não tem pauta que seja mais importante que isso”, conta.

O senador Otto Alencar (PSD-BA) destacou que o presidente não tem patriotismo para renunciar e que será preciso ações concretas do congresso para saída dele. “Apresentamos pedido de impeachment e vamos dar celeridade a votação da PEC”.



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