Delação Bruno Araújo não renunciou ao cargo, dizem assessores No início da tarde, foi divulgado que o tucano tinha sido o primeiro a deixar a Esplanada dos Ministérios após o presidente Michel Temer ser acusado de dar aval à compra do silêncio de Eduardo Cunha. Não se confirmou. As quatro lideranças da cota de Pernambuco permanecem no governo.

Por: Aline Moura - Diario de Pernambuco

Publicado em: 18/05/2017 19:55 Atualizado em: 18/05/2017 20:18

O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), negou que tenha entregue o cargo, como foi divulgado no início da tarde pela Globo News. Por meio da assessoria de imprensa, ele disse que aguarda a divulgação do conteúdo das gravações dos executivos da JBS, que acusaram o presidente Michel Temer (PMDB) de dar o aval para a compra do silêncio de Eduardo Cunha (PMDB). Ao longo do dia, foi divulgado que Bruno foi o primeiro a deixar o ministério, o que não se confirmou até agora (19h49).

Sendo assim, o único pernambucano que deixou a Esplanada dos Ministérios foi Roberto Freire, quer era ministro da Cultura, mas ele hoje tem um vínculo político maior com o estado de São Paulo. Além de Bruno, permanecem no cargo os ministros Fernando Filho (PSB), Raul Jungmann (PPS) e Mendonça Filho (DEM). Os quatro passaram o dia em reuniões para lidar com o vazamento das denúncias que também atingem o senador e tucano Aécio Neves. O presidente do PSB, Carlos Siqueira, chegou a cobrar que Fernando Filho deixasse a função, mas o pedido não foi atendido. O único dos ministros que divulgou nota foi Raul Jungmann, porém sem deixar claros os motivos da permanência no cargo.    

No Twitter, a suposta renúncia de Bruno Araújo foi um dos assuntos comentados do dia. Muitos ironizaram o fato de ele ter sido o 342º deputado que votou favorável ao impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Internautas ligados ao PT publicaram fotos de Bruno nos braços de parlamentares na votação do impeachment, fotos dele chorando e fotos dele batendo panelas.

Aécio Neves, por sua vez, confirmou em nota que vai se licenciar da presidência nacional do PSDB por tempo indeterminado. Frisou que irá se dedicar  "diuturnamente a provar sua inocência e de seus familiares". O tucano teria sido gravado pedindo propina de R$ 2 milhões a Joesley Batista, dono da JBS. 



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