Conflito Protesto na Prefeitura de Ipojuca termina em confusão Em menos de uma semana, este foi o segundo episódio de tumulto no município

Publicado em: 07/01/2017 08:00 Atualizado em:

A cidade de Ipojuca, na Região Metropolitana, tem sido palco de confusões neste início de ano. Cinco dias após o tumulto que marcou a eleição da mesa diretora da Câmara Municipal, a prefeitura da cidade foi alvo de manifestação na manhã de ontem que resultou em depredação do patrimônio, conflito entre os manifestantes e guardas municipais. O motivo do protesto foi pressionar o Trib unal Regional Eleitoral pela agilização de novas eleições no município, já que o pleito do ano passado foi anulado.


A versão da prefeitura é de que houve invasão ao prédio e depredação ao patrimônio público. Já os manifestantes argumentam que estavam protestando pacificamente e foram agredidos. “O ato estava marcado de forma pacífica e a população pediu a presença dos vereadores. Fomos lá e, ao chegarmos, parece que estava tudo armado para nos receber com spray de pimenta e cassetete”, disse o vereador Albérico Lopes (PMDB). Segundo ele, o protesto aconteceu porque o ex-prefeito Carlos Santana (PSDB), derrotado nas urnas em outubro, disse que assumiria o cargo no próximo dia 24. Atualmente, a prefeitura é comandada interinamente pelo Irmão Ricardo (PTC), eleito presidente da Câmara de Vereadores.  


Além do peemedebista, participaram do protesto os vereadores Gilmar Costa e Pastor Rildo, ambos do PTC, Washington Silva (PHS) e Genival Ferreira (PTN). Todos, em tese, são de oposição. Os cinco prestaram um boletim de ocorrência na delegacia da cidade contra Adelmo Alves, que segundo Albérico é o chefe de segurança da prefeitura. O peemedebista disputou a presidência da Câmara juntamente com o Irmão Ricardo, mas acabou sendo derrotado no último domingo.

 

Por meio de nota, o prefeito interino diz que o edifício foi invadido às 6h40, antes do início do expediente. O gestor também repudiou o comportamento dos manifestantes que, segundo ele, tinham o “intuito de promover a desordem, inclusive, com depredação do patrimônio público, comprometendo os serviços municipais em curso”. O gestor afirma que os estragos vão ser avaliados e que os responsáveis serão punidos e que, apesar de respeitar pontos de vista distintos, “não pode aprovar arruaças de grupos incitados por partidos políticos ou lideranças locais insatisfeitas com os rumos advindos após as eleições municipais”.


Também por meio de nota, a prefeitura informou que descobriu um arsenal de fogos de artifício levado pelos manifestantes. O material foi apreendido e encaminhado para a delegacia para o início das investigações. Procurado pela reportagem, o ex-prefeito Carlos Santana não retornou às ligações até o fechamento desta edição.



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