Acidente em Paraty Perfis falsos de filho de Teori na internet questionam acidente que matou ministro do STF Francisco Zavascki, filho de Teori, fez um alerta em seu perfil oficial no Facebook sobre a quantidade de páginas na rede que tentam imitar o seu perfil

Por: Agência Estado

Publicado em: 22/01/2017 18:09 Atualizado em:

Perfis falsos em redes sociais aumentam rumores sobre o acidente que levou à morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki. Nesse domingo (22), o filho de Teori, Francisco Zavascki, fez um alerta em seu perfil oficial no Facebook sobre a quantidade de páginas na rede que tentam imitar o seu perfil.

"Pessoal, infelizmente criaram inúmeros perfis meus falsos! Cuidado com o que eles estão postando. Se possível, me ajudem a denunciá-los. Obrigado", escreveu o filho do ministro. As páginas compartilham notícias e teorias sobre a morte do relator da operação Lava Jato, levantando suspeitas sobre o acidente.

Francisco já havia usado sua página na última quinta-feira para confirmar que o pai havia embarcado no avião que caiu em Paraty, no Rio de Janeiro e, logo em seguida, para avisar sobre a morte do ministro. Foi quando o perfil de Francisco ganhou notoriedade. No mesmo dia, diversas páginas semelhantes foram criadas.

A reportagem identificou pelo menos oito páginas no Facebook que tentam imitar o perfil de Francisco, duas delas com mais de 3 mil seguidores. São perfis que utilizam a mesma foto do filho do ministro. Uma das páginas chegou a informar local e data do velório do corpo de Teori. Muito embora as informações estivessem corretas, o convite nunca foi feito pelo perfil oficial de Francisco.

As páginas falsas com mais seguidores compartilham mensagens que fortalecem a teoria - sem a apresentação de fundamentos técnicos - de que o ministro teria sido vítima de um crime, não de acidente. Relator da Lava Jato, Teori estava prestes a homologar a deleção de 77 ex-executivos da empreiteira Odebrecht. Atualmente, há no gabinete do ministro um acervo de 7.566 processos, sendo 12 ações penais e 65 inquéritos, a maioria contra políticos e autoridades com o chamado foro privilegiado.

No Congresso, parlamentares defendem a investigação profunda do acidente que levou à morte de Teori, para afastar quaisquer suspeitas. Na última sexta-feira, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou um requerimento para abertura de uma comissão de investigação do Congresso.

"Há necessidade de esclarecimento urgente, porque o próximo ministro será indicado por alguns investigados da operação", afirmou Randolfe ao Estado, em referência aos senadores alvos da Lava Jato que votarão a indicação do novo ministro do STF. A senadora Ana Amélia (PP-RS) também acredita que uma "investigação profunda e técnica" deve ser feita para não restar dúvidas sobre o acidente aéreo. Para ela, a investigação irá fortalecer ainda mais a operação Lava Jato.

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